Edição do Dia
A gigante petrolífera americana Exxon Mobil anunciou que fechou um acordo definitivo para a compra da exploradora de óleo de xisto Pioneer Natural Resources. A fusão é uma transação que envolverá apenas ações, avaliada em US$ 59,5 bilhões, ou US$ 253 por ação, considerando-se o preço de fechamento da Exxon em 5 de outubro, segundo comunicado da empresa divulgado na quarta-feira, 11.
Pelo acordo, acionistas da Pioneer receberão 2,3234 ações da Exxon por cada ação da Pioneer quando o negócio for finalizado. Incluindo-se dívida líquida, o valor da transação chega a cerca de US$ 64,5 bilhões, acrescenta o comunicado.
A compra vai transformar o portfólio upstream da ExxonMobil, mais do que dobrando a presença da empresa no Permiano e criando uma posição de estoque não convencional nos EUA, líder do setor, de alta qualidade e de alto retorno.
A empresa espera gerar retornos de dois dígitos, recuperando mais recursos, de forma mais eficiente e com menor impacto ambiental. O negócio combina a área considerável, a cultura empreendedora e o profundo conhecimento do setor da Pioneer com a força do balanço patrimonial, tecnologias avançadas e capacidades de desenvolvimento de projetos líderes do setor da ExxonMobil.
A empresa tem planos para acelerar a ambição líquida zero do Permiano da Pioneer de 2050 a 2035, o que fortalecerá a economia e a segurança energética dos EUA.
A fusão combina os mais de 850.000 acres líquidos da Pioneer na Bacia de Midland com os 570.000 acres líquidos da ExxonMobil nas Bacias de Delaware e Midland, criando a posição líder do setor de estoques não convencionais não desenvolvidos de alta qualidade nos EUA. Juntas, as empresas terão cerca de 16 milhões de barris de recursos equivalentes de petróleo no Permiano.
No final das contas, o volume de produção da ExxonMobil no Permiano mais que dobrará para 1,3 milhão de barris de óleo equivalente por dia (MOEBD), com base nos volumes de 2023, e deverá aumentar para aproximadamente 2 MOEBD em 2027.
A ExxonMobil acredita que a transação representa uma oportunidade para até mesmo maior segurança energética dos EUA, trazendo as melhores tecnologias, excelência operacional e capacidade financeira para uma importante fonte de abastecimento interno, beneficiando a economia americana e seus consumidores
“A Pioneer é uma líder incontestável no Permiano, com uma base de ativos única e pessoas com profundo conhecimento do setor. As capacidades combinadas das nossas duas empresas proporcionarão a criação de valor a longo prazo muito superior ao que qualquer uma das empresas é capaz de fazer isoladamente”, afirmou o presidente e CEO da ExxonMobil, Darren Woods.
Segundo ele, sua área de primeiro nível é altamente contígua, permitindo maiores oportunidades para implantar as tecnologias, proporcionando eficiência operacional e de capital, bem como aumentando significativamente a produção.
“Tão importante quanto, ao procurarmos combinar as nossas empresas, reunimos as melhores práticas ambientais que irão reduzir a nossa pegada ambiental e planejamos acelerar o plano de emissões líquidas zero da Pioneer de 2050 a 2035.”
Woods espera que a combinação do inventário diferenciado do Permiano e o conhecimento da bacia com as tecnologias proprietárias da ExxonMobil, recursos financeiros e desenvolvimento de projetos líderes da indústria gere retornos de dois dígitos, recuperando mais recursos, de forma mais eficiente e com menor impacto ambiental.
A transação é uma oportunidade única de fornecer eficiência de capital e desempenho de custos, bem como aumentar a produção, combinando a área não desenvolvida em grande escala, contígua e de alta qualidade da Pioneer em Midland com a abordagem de desenvolvimento de recursos do Permiano comprovada e líder da indústria da ExxonMobil.
O ajuste único e complementar da área contígua da Pioneer permitirá à ExxonMobil perfurar laterais longas e melhores da sua classe – até seis quilómetros – o que resultará em menos poços e numa superfície menor. A empresa também espera aprimorar a digitalização e automação de campo que otimizarão, o rendimento e os custos da produção.
A combinação transforma o portfólio upstream da ExxonMobil, aumentando a produção com menor custo de fornecimento, bem como a flexibilidade de capital de ciclo curto. A empresa espera um custo de fornecimento inferior a US$ 35 por barril dos ativos da Pioneer. Até 2027, os barris de ciclo curto representarão mais de 40% do volume total de upstream, posicionando a empresa para responder mais rapidamente às mudanças na demanda e aumentar a captura de preços e volume.
A oportunidade única de criação de valor da transação resulta em sinergias significativas e num potencial de valorização adicional que será partilhado pelos acionistas de ambas as empresas. O forte balanço da ExxonMobil, combinado com o fluxo de caixa livre excedente adicional da Pioneer, proporciona uma oportunidade positiva para melhorar os retornos do capital dos acionistas após o fechamento.
