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Eve tem prejuízo líquido de US$ 25,3 milhões no 1º trimestre

O montante representa uma melhora de 3% em relação à cifra também negativa de US$ 25,8 milhões reportada um ano antes.

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08 de maio de 2024
Vinicius Palermo
Eve tem prejuízo líquido de US$ 25,3 milhões no 1º trimestre
A empresa ressalta a queda no prejuízo líquido diminuiu apesar do aumento de custos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

A Eve, subsidiária da Embraer, registrou prejuízo líquido de US$ 25,3 milhões no primeiro trimestre de 2024. O montante representa uma melhora de 3% em relação à cifra também negativa de US$ 25,8 milhões reportada um ano antes.

A companhia destaca que Eve está em estágio de pré-receita. Com isso, não prevê receitas significativas durante a fase de desenvolvimento das aeronaves. “Esperamos que os resultados financeiros estejam principalmente relacionados aos custos associados ao desenvolvimento do programa durante este período”

A empresa ressalta a queda no prejuízo líquido diminuiu apesar do aumento de custos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). As despesas com P&D foram de US$ 27,5 milhões entre janeiro e março de 2024 versus US$ 21,5 milhões no mesmo período de 2023, alta de 28%. A cifra foi impulsionada principalmente pelo Master Services Agreement (MSA) com a Embraer, que realiza diversas atividades de desenvolvimento para a Eve.

“Esses esforços continuam a se intensificar à medida que o desenvolvimento do eVTOL avança, incluindo a compra de peças, a montagem do primeiro protótipo em escala real e a engenharia contínua, o desenvolvimento de programas e a infraestrutura de testes”, diz o release de resultados.

Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas (SG&A, na sigla em inglês) subiram de US$ 6,2 milhões no primeiro trimestre de 2023 para US$ 6,5 milhões. Segundo a companhia, isso reflete principalmente um aumento no número de funcionários da Eve, bem como da industrialização e outros custos associados à operação brasileira eVTOL (instalação de Taubaté).

O aumento nas despesas de P&D e SG&A foi parcialmente compensado por um ganho de US$ 6,3 milhões no primeiro trimestre de 2024 relacionado ao valor justo dos derivativos (devido à marcação a mercado das garantias da Eve), versus uma perda de US$ 2,2 milhões no mesmo período de 2023.

A queima de caixa total da Eve com operações e despesas de capital foi de US$ 35,9 milhões entre janeiro e março, alta de 80% em relação aos US$ 19,9 milhões reportados um ano antes. “As despesas de P&D associadas ao desenvolvimento das aeronaves da Eve foram os principais contribuintes para o maior consumo de caixa durante o trimestre”, afirma a companhia.

Já a Embraer registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 63,5 milhões no primeiro trimestre de 2024. O número representa uma redução de 86% em relação ao resultado negativo de R$ 460,5 milhões reportado no mesmo período do ano passado.

O lucro líquido atribuível aos acionistas da Embraer e o lucro líquido por ADS foram de R$ 142,7 milhões e R$ 0,1943 nos três primeiros meses de 2024, comparados a prejuízos de R$ 368,3 milhões e R$ 0,5014, respectivamente, entre janeiro e março de 2023.

O Ebitda ajustado da companhia somou R$ 233,7 milhões, mais do que quadruplicando o resultado de R$ 53,9 milhões do primeiro trimestre de 2023. A margem Ebitda ajustada ficou em 5,3% ante 1,4% um ano antes.

O Ebit ajustado ficou em R$ 33,8 milhões, revertendo o número negativo em R$ 163,9 milhões do mesmo período do ano passado. A margem Ebit ajustada ficou em 0,8% ante 4,4% negativos no primeiro trimestre de 2023.

Já as receitas líquidas totalizaram cerca de R$ 4,5 bilhões no trimestre, alta de 19% em relação ao ano anterior. A companhia destaca o desempenho do segmento de Aviação Executiva, com crescimento de 2,6 vezes ano sobre ano – a maior receita e número de entregas para um primeiro trimestre dos últimos 8 anos.

A carteira total de pedidos atingiu US$ 21,1 bilhões – o maior nível dos últimos 7 anos. A da Aviação Comercial registrou um aumento de US$ 2,3 bilhões (+26% em relação ao trimestre anterior).