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EUA se comprometem a fornecer mais US$ 2 bilhões em drones e munição à Ucrânia

O anúncio veio dias depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, fazer uma visita surpresa a Kiev e prometer apoio “inabalável” à Ucrânia.

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24 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
EUA se comprometem a fornecer mais US$ 2 bilhões em drones e munição à Ucrânia
EUA e Rússia estão em lados opostos no conflito na Ucrânia.

O Pentágono anunciou um novo pacote de assistência de segurança dos EUA à Ucrânia na sexta-feira, 24, que marca o primeiro aniversário da invasão pela Rússia, comprometendo-se a enviar mais US$ 2 bilhões em munição e uma variedade de drones de última geração para a batalha.

O anúncio veio dias depois de o presidente dos EUA, Joe Biden, fazer uma visita surpresa a Kiev e prometer apoio “inabalável” à Ucrânia. Na ocasião, Biden disse ao presidente Volodimir Zelenski e seu povo que “os americanos estão com vocês, e o mundo está com vocês”.

Em comunicado, o Pentágono disse que o pacote inclui armas para combater os sistemas não tripulados da Rússia e vários tipos de drones, bem como equipamentos eletrônicos de detecção de guerra.

O pacote inclui ainda recursos para munição adicional para os Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (Himars), projéteis de artilharia e munições para sistemas de foguetes guiados a laser. Considerando-se o último pacote, os EUA já comprometeram mais de US$ 32 bilhões em assistência de segurança à Ucrânia desde a invasão pelos russos.

Biden teve uma reunião virtual na sexta-feira com outros líderes do G-7 e com Zelenski para “continuar coordenando nossos esforços para apoiar a Ucrânia e responsabilizar a Rússia por sua guerra”, segundo a Casa Branca.

O governo dos Estados Unidos publicou comunicado para marcar o fato de que a guerra da Rússia na Ucrânia completa um ano e também anunciar mais punições contra Moscou por causa do conflito.

A Casa Branca informa que serão elevadas tarifas sobre mais de 100 metais, minerais e produtos químicos da Rússia não especificados. A alta das tarifas equivale a aproximadamente US$ 2,8 bilhões. Além disso, diz que subirão “de modo significativo” as tarifas sobre alumínio processado na Rússia ao entrar no mercado americano, a fim de conter os prejuízos causados ao setor local de alumínio, diante de custos de energia mais elevados como resultado da invasão russa na Ucrânia.

O governo americano recorda que as medidas de sexta-feira, 24, se somam às já adotadas, a fim de pressionar a Rússia no comércio internacional, com foco em “commodities russas cruciais”, o que retira receita do Kremlin e ainda reduz a dependência americana do país. A Casa Branca afirma que as medidas foram “cuidadosamente calibradas”, para penalizar a Rússia e minimizar os custos para o consumidor americano.

Os EUA ainda adotaram na sexta medidas para restringir mais as exportações americanas à Rússia, inclusive para terceiros países, como a China, a fim de evitar que componentes de defesa americanos acabem nas mãos dos russos. O governo americano aponta que os líderes do G-7 se reúnem hoje e devem fechar mais um pacote de sanções contra Moscou.

A administração do presidente Joe Biden lembra que, nesta semana, anunciou o 32º pacote de assistência à segurança da Ucrânia. Além disso, começou também nesta semana a desembolsar US$ 9,9 bilhões em auxílio, “para ajudar a Ucrânia a enfrentar necessidades cruciais de seus cidadãos, como saúde, educação e serviços de emergência”.

Os Estados Unidos anunciaram que 22 indivíduos e 83 entidades que estão contribuindo de alguma maneira com a Rússia em seu conflito com a Ucrânia, que completou um ano hoje, serão alvos de novas sanções, dando destaque ao setor de mineração e metais russo, assim como as suas cadeias de suprimentos militares.

Além disso, mais instituições financeiras russas foram listadas, incluindo o Banco de Crédito de Moscou, um dos dez maiores bancos de valores de ativos da Rússia, que agora receberá sanções de bloqueio total.

De acordo com nota da Casa Branca, a decisão foi tomada em conjunto com o G-7, tendo como finalidade “isolar ainda mais a Rússia da economia internacional e sua capacidade de obter capital, materiais, tecnologia e apoio em sua guerra contra a Ucrânia”.

Mais de 30 instituições listadas pelo governo americano são de apoiadores internacionais à campanha da Rússia, com destaque àqueles responsáveis por “tráfico de armamentos e financiamentos ilegais”, com o intuito de impedir que o governo russo consiga se esquivar mais das sanções.