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EUA impõe sanções a indivíduos e entidades por ligação com programa de mísseis do Irã

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções contra onze indivíduos, oito entidades e um navio baseados no Irã, em Hong Kong, na China e na Venezuela

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18 de outubro de 2023
Vinicius Palermo
EUA impõe sanções a indivíduos e entidades por ligação com programa de mísseis do Irã
EUA combate ligações com o programa de mísseis do Irã

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira, 18, sanções contra onze indivíduos, oito entidades e um navio baseados no Irã, em Hong Kong, na China e na Venezuela, que estão “permitindo os programas desestabilizadores de mísseis balísticos e de veículos aéreos não tripulados (UAV, na sigla em inglês) do Irã.

Segundo comunicado, as pessoas designadas apoiaram materialmente o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, o Ministério da Defesa e Logística das Forças Armadas ou os seus subordinados na produção e proliferação de mísseis e UAV.

Segundo o Tesouro americano, a ação foi tomada num momento em que expiram as restrições da Organização das Nações Unidas (ONU) às atividades relacionadas com mísseis do Irã, ao abrigo da Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, e a União Europeia atua no sentido de manter as restrições nucleares, de armas convencionais e de mísseis ao Irã, que expiram na quarta-feira, sob o seu regime de sanções de não proliferação.

“Apesar da expiração da Resolução 2231 do CSNU, os Estados Unidos permanecem firmes no seu compromisso de combater a ameaça representada pela aquisição, desenvolvimento e proliferação de mísseis, UAV e outras armas militares por parte do Irã”, afirmou o comunicado.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou ainda sanções contra dez “importantes membros do grupo terrorista Hamas, operadores e facilitadores financeiros em Gaza e em outras partes, incluindo Sudão, Turquia, Argélia e Catar”. Em comunicado, o órgão do governo americano diz que tem como alvo membros que gerencial ativos no “portfólio de investimento secreto do Hamas”, um facilitador financeiro sediado no Catar com laços próximos ao regime do Irã, um importante comandante do Hamas, uma operadora de moeda virtual sediada em Gaza e seu operador.

O governo norte-americano diz que o anúncio, que ocorre após os ataques recentes em Israel, é parte de um esforço contínuo para retirar fontes de receita do Hamas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, em coordenação próxima com parceiros regionais e aliados.

Até agora, o Tesouro americano lançou sanção contra quase mil indivíduos e entidades ligadas ao terrorismo e ao financiamento terrorismo do regime do Irã e seus aliados, entre eles Hamas, Hezbollah e outros grupos terroristas alinhados a Teerã na região, afirma o texto.

Na Rússia, a Câmara Baixa do parlamento deu na quarta-feira, 18, sua aprovação final a um projeto de lei que revoga a ratificação de um tratado global de proibição de testes nucleares, uma medida que Moscou descreveu como colocando o país no mesmo nível dos Estados Unidos.

A Duma Estatal votou por unanimidade pela revogação da ratificação do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares na terceira e última leitura.

O projeto irá agora para a Câmara Alta, o Conselho da Federação, que o considerará na próxima semana. Os legisladores do Conselho da Federação já disseram que apoiarão o projeto.

A legislação foi apresentada ao parlamento na sequência de uma declaração do presidente russo, Vladimir Putin, que alertou no início deste mês que Moscou poderia revogar a sua decisão de 2000 de ratificar o tratado para “espelhar” a posição assumida pelos Estados Unidos, que assinaram, mas não ratificaram o tratado de proibição de testes nucleares.

O tratado, adotado em 1996, proíbe todas as explosões nucleares em qualquer parte do mundo, embora nunca tenha entrado totalmente em vigor. Além dos EUA, ainda não foi ratificado pela China, Índia, Paquistão, Coreia do Norte, Israel, Irão e Egito.

Há preocupações generalizadas de que a Rússia possa retomar os testes nucleares para tentar desencorajar o Ocidente de oferecer apoio militar à Ucrânia. Muitos falcões russos falaram a favor de uma retomada.