Economia
Pré-sal

Equinor envia declaração de comercialidade de dois novos campos

Raia Manta e Raia Pintada são os nomes sugeridos para esses campos pelo consórcio formado pela operadora Equinor (35%) e as sócias Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobras (30%).

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21 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Equinor envia declaração de comercialidade de dois novos campos
A Equinor detalha, em comunicado, que os dois campos terão um navio-plataforma (FPSO) capaz de produzir 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia

A petroleira norueguesa Equinor, que opera a concessão do bloco BM-C-33, no pré-sal da Bacia de Campos, submeteu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as declarações de comercialidade e os planos de desenvolvimento para dois novos campos na área.

Raia Manta e Raia Pintada são os nomes sugeridos para esses campos pelo consórcio formado pela operadora Equinor (35%) e as sócias Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobras (30%). Mas isso ainda depende de aprovação da ANP.

A Equinor detalha, em comunicado, que os dois campos terão um navio-plataforma (FPSO) capaz de produzir 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com média de escoamento estimada para 14 milhões de metros cúbicos diários. Esse navio será o primeiro do País a processar gás e óleo condensado para atender diretamente as especificações de venda, sem necessidade de processamento adicional na costa.

O gás produzido será entregue ao mercado por meio do gasoduto submarino BM-C-33, homônimo da concessão e já anunciado pela Equinor e Petrobras este ano. O gasoduto offshore tem 200 quilômetros e vai ligar o FPSO até o terminal de Cabiúnas, no município de Macaé, no Rio de Janeiro. Já os líquidos serão escoados por meio de navios-tanque.

A concessão BM-C-33 está localizada a aproximadamente 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, em profundidades marítimas de até 2.900 metros. A área, informou a Equinor, contém volumes recuperáveis de gás natural e óleo/condensado acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente.

O vice-presidente Sênior de Desenvolvimento de Projetos da Equinor, Trond Bokn, disse em nota que os campos são um “encaixe estratégico” para as ambições da Equinor no Brasil, onde a companhia tem “história sólida e intenção de fortalecer ainda mais sua presença. “Juntamente com os nossos parceiros, empregaremos conhecimentos adicionais para garantir a execução segura e eficiente destes desenvolvimentos”, afirmou.

A presidente da Equinor no Brasil, Verônica Coelho, afirmou que os campos terão capacidade para atender 15% da demanda total de gás do Brasil quando entrarem em produção, contribuindo para o desenvolvimento e segurança energética do País.

O desenvolvimento da Raia Manta e da Raia Pintada será o primeiro projeto no Brasil a tratar gás offshore e a ser conectado à rede nacional sem processamento adicional onshore. O gás vendido está previsto para ser exportado por meio de um gasoduto offshore de 200 quilômetros do FPSO até Cabiúnas, na cidade de Macaé, no estado do Rio de Janeiro. Os líquidos estão planejados para serem descarregados por navios-tanque.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na quinta-feira, a Petrobras confirmou as informações e observou que a expectativa de volumes recuperáveis de óleo e gás é superior a um bilhão de barris de óleo equivalente (boe). A estatal também destacou que a previsão de entrada em operação do projeto foi postergada de 2027 para 2028, mas que a mudança não tem impacto em suas metas de produção.

O conceito selecionado compreende uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência (FPSO) capaz de processar gás e óleo/condensado para atender às especificações de vendas sem processamento adicional em terra. O FPSO terá capacidade de produção de 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com exportações médias esperadas de 14 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Raia Manta e Raia Pintada são importantes campos de gás natural que desempenharão um papel fundamental no avanço contínuo do mercado de gás brasileiro. Juntos, o desenvolvimento e a operação dos campos têm potencial para gerar até 50 mil empregos locais durante todo o seu ciclo de vida, por meio de diversos contratos na cadeia de abastecimento. O investimento total é de aproximadamente US$ 9 bilhões.