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Enel teve lucro líquido de € 1,68 bilhões

O Ebtida da Enel subiu para 19,92 bilhões de euros no ano passado, ante 17,23 bilhões de euros registrados em 2021.

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17 de março de 2023
Vinicius Palermo
Enel teve lucro líquido de € 1,68 bilhões
A dívida financeira líquida da Enel chegou a 60.068 milhões de euros

A Enel anunciou que seu lucro caiu em 2022, mas teve avanços no Ebitda e na receita, graças à geração de energia térmica e expansão da capacidade de energia renovável A maior concessionária de energia elétrica da Itália divulgou que teve lucro líquido de 1,68 bilhão de euros em 2022, abaixo dos 3,19 bilhões de euros de 2021. Com ajustes, o lucro líquido somou 5,39 bilhões de euros.

Já o Ebtida subiu para 19,92 bilhões de euros no ano passado, ante 17,23 bilhões de euros em 2021. Como já havia sido adiantado em resultados preliminares, o Ebitda ajustado aumentou para 19,68 bilhões de euros em 2022.

O lucro líquido ajustado e o Ebitda ficaram acima das próprias expectativas da Enel, definidas em seu plano estratégico para o período de 2023 a 2025. A receita anual foi confirmada em 140,52 bilhões euros, alta de 64% ante 2021.

Na Bolsa de Milão, a ação da Enel começou o pregão em alta de 1,3%. Por volta das 8h35 (de Brasília), no entanto, o papel operava em baixa de 0,42%.

A variação reflete principalmente o desempenho positivo das operações e os menores ajustes de valor registrados durante o ano em relação a 2021, apenas parcialmente compensados ​​por maiores depreciações e amortizações

A dívida financeira líquida chegou a 60.068 milhões de euros, um aumento de 16,2% em relação aos 51.693,3 milhões de euros em 2021.

O aumento se deve principalmente aos investimentos do período cujas necessidades foram parcialmente compensadas pelo fluxo de caixa positivo gerado pelas operações, que foi impactado pelo efeito no capital de giro líquido de diversas medidas governamentais, e pelos efeitos positivos da gestão do portfólio de ativos.

As despesas de capital somaram 14.347 milhões de euros, um aumento de 10,4% em relação aos 12.997 milhões de euros em 2021. O aumento é atribuído ao crescimento das despesas de capital na Enel Green Power, Enel Grids, End-User Markets e Enel X.

O dividendo total proposto para a totalidade do exercício de 2022 é de 0,40 euros por ação (dos quais 0,20 euros por ação já foram pagos a título de adiantamento em janeiro de 2023), um aumento de 5,3% sobre o dividendo total de 0,38 euros por ação reconhecido para o ano fiscal completo de 2021.

A empresa conseguiu alcançar alguns objetivos estratégicos em 2022, como o avanço no processo de descarbonização, com a nova capacidade renovável construída em 2022 superior a 5,2 GW, incluindo 387 MW de baterias. A gestão empresarial integrada que, apesar do ambiente de mercado desfavorável, garantiu um resultado acima do esperado.

A Enel avançou também no processo de racionalização do portefólio de negócios e geografias, através de 5,9 mil milhões de euros de valorização de ativos.

“Os excelentes resultados da Enel em 2022 reforçam a capacidade do Grupo de criar valor para seus stakeholders, apesar do cenário altamente desafiador que caracterizou os últimos três anos”, comentou o CEO e gerente geral da Enel, Francesco Starace.

“Graças à resiliência do nosso modelo de negócios integrado, ao nosso sólido desempenho operacional, às ações gerenciais implementadas ao longo do ano e, sobretudo, ao trabalho incansável de todos os nossos colegas, conseguimos superar o guidance anunciado aos mercados. Com base nestes resultados, oferecemos aos nossos accionistas um dividendo de 0,40 euros por acção, um valor superior ao do ano anterior.

Nos próximos meses, continuaremos a crescer nas renováveis ​​e a digitalizar as redes de distribuição, ajudando a descarbonizar o mix de geração e a aumentar a independência energética nas geografias onde operamos, melhorando a qualidade do serviço, permitindo a eletrificação dos usos finais e protegendo os nossos clientes da volatilidade dos mercados de energia. Vamos concentrar os investimentos principalmente na Itália e em outros países centrais, a fim de acelerar o caminho de crescimento sustentável do Grupo, reduzindo ainda mais seu perfil de risco”.