Economia
Aviação executiva

Embraer registrou lucro de R$ 279 milhões no 2º trimestre

Houve prejuízo de R$ 96,2 milhões, melhora em comparação a cifra também negativa de R$ 741,7 milhões reportada um ano antes.

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14 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Embraer registrou lucro de R$ 279 milhões no 2º trimestre
No critério não ajustado, o Ebitda somou R$ 592,2 milhões ante um resultado negativo de R$ 933 milhões um ano antes.

A Embraer registrou lucro líquido ajustado de R$ 279 milhões no segundo trimestre de 2023, alta de 20% ante igual intervalo de 2022. Considerando o resultado atribuído aos acionistas, houve prejuízo de R$ 96,2 milhões, melhora em comparação a cifra também negativa de R$ 741,7 milhões reportada um ano antes.

O Ebitda ajustado da companhia ficou em R$ 724,1 milhões entre abril e junho, 16,5% maior na comparação anual. A margem Ebitda ajustada ficou em 11,4% ante 12,3% no segundo trimestre do ano passado.

No critério não ajustado, o Ebitda somou R$ 592,2 milhões ante um resultado negativo de R$ 933 milhões um ano antes. A margem Ebitda foi de 9,3% no segundo trimestre de 2023 ante 18,5% em igual intervalo de 2022.

Já o Ebit ajustado somou R$ 482,1 milhões, alta anual de 18%, com margem de 7,6% contra 8,1% no segundo trimestre do ano passado. No critério não ajustado, a cifra chegou a R$ 350,2 milhões ante R$ 1,1 bilhão negativo um ano antes.

A receita líquida da Embraer atingiu R$ 6,3 bilhões entre abril e junho, avanço anual de 26% e trimestral de 71%. Comparado ao segundo trimestre de 2022, a Aviação Comercial cresceu 56%, devido ao maior número de entregas. A Executiva teve alta de 39% na receita, refletindo aumento de volumes e do mix de entregas.

Por outro lado, a receita de Defesa e Segurança cedeu 28%, devido ao atraso no reconhecimento de receita no primeiro semestre de 2023, segundo o release de resultados.

A carteira de pedidos firmes encerrou o segundo trimestre de 2023 estável em US$ 17,3 bilhões. A Embraer entregou 47 jatos no segundo trimestre, sendo 17 comerciais e 30 executivos (19 leves e 11 médios) com forte aumento de 47% nas entregas totais m relação ao 2T22.

O fluxo de caixa livre ajustado sem EVE (FCF) no 2T23 foi próximo do ponto de equilíbrio, com consumo de caixa de R$ 91,8 milhões, em preparação para maiores entregas nos próximos trimestres. A companhia foi bem-sucedida em seus esforços na gestão de dívidas, com redução da dívida bruta em R$ 500 milhões e aumento do vencimento. Não há alteração no guidance para 2023 para entregas e resultados financeiros.

O fluxo de caixa livre ajustado para o segundo trimestre de 2023 foi de R$ (91,8) milhões, sem aumento substancial no uso de capital de giro em comparação com o 1T23. Apesar de ainda estarmos com estoques elevados devido às maiores entregas no segundo semestre, o consumo de caixa ficou estável no trimestre.

As adições líquidas ao imobilizado total no 2T23 foram de R$ 174,1 milhões, contra R$ 156,1 milhões reportadas no 2T22. Do total de adições do imobilizado no 2T23, o CAPEX foi de R$ 121,5 milhões, e as adições de peças sobressalentes do programa pool representaram R$ 117,7 milhões, que foram parcialmente compensadas por R$ (65,1) milhões de receitas da venda de imobilizado. O aumento do imobilizado no 2T23 versus 2T22 está relacionado à expansão dos serviços de treinamento e manutenção.

Para atender às orientações de maior produção e entrega para 2023, os estoques principalmente de trabalhos em andamento (WIP) impactaram o fluxo de caixa livre reportado no trimestre.

A carteira de pedidos firmes a entregar encerrou o 2T23 em US$ 17,3 bilhões estável, com uma pequena variação em relação ao trimestre anterior. O destaque continua sendo o aumento da carteira de pedidos da Aviação Executiva.