Edgar Crespo
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Tecnologia

Edge Computing: a solução para um mundo hiperconectado. O que você precisa saber para não ficar para trás (Parte 1 de 2)

Mas o que é exatamente a edge computing? Por que ela é considerada uma solução ideal para um mundo hiperconectado?

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18 de setembro de 2023
Vinicius Palermo
Edge Computing: a solução para um mundo hiperconectado. O que você precisa saber para não ficar para trás (Parte 1 de 2)
A edge computing, como uma abordagem inovadora para processamento de dados, é impulsionada por uma série de tecnologias e ferramentas.

Onde bilhões de dispositivos trocam informações em tempo real, a necessidade de processar e analisar dados de forma eficiente nunca foi tão crítica. A edge computing surge como uma abordagem revolucionária que promete transformar a forma como interagimos com a tecnologia e com o mundo ao nosso redor. Essa semana vamos desvendar os mistérios por trás dessa tendência tecnológica, mas também apresentar insights valiosos para você não ficar para trás nessa corrida em direção ao futuro.

Mas o que é exatamente a edge computing? Por que ela é considerada uma solução ideal para um mundo hiperconectado? E o mais importante, como você pode se adaptar a essa mudança para garantir que está aproveitando ao máximo as oportunidades que ela oferece?

Na coluna desta semana  vamos abordar os conceitos fundamentais da edge computing, suas vantagens e desafios, casos de uso práticos e as tendências futuras que estão moldando essa área.

Histórico

A Origem da Edge Computing

A ideia de processar dados mais perto da fonte não é nova; ela remonta às primeiras redes de computadores e sistemas distribuídos. No entanto, o termo “edge computing” ganhou destaque nos últimos anos, especialmente com o advento da Internet das Coisas (IoT) e o aumento exponencial na geração de dados. Originalmente, a maior parte do processamento de dados era realizada em data centers centralizados, mas essa abordagem começou a mostrar suas limitações à medida que a quantidade de dados e a necessidade de processamento em tempo real aumentaram.

A Evolução ao Longo do Tempo

Com o passar do tempo, a edge computing evoluiu de uma ideia conceitual para uma solução prática e escalável. A introdução de tecnologias como 5G, Inteligência Artificial (IA) e análise de dados em tempo real contribuiu significativamente para essa evolução. Empresas e organizações começaram a perceber os benefícios de mover o processamento de dados para mais perto da fonte, reduzindo a latência e melhorando a eficiência.

Era Pré-IoT: Antes da popularização da IoT, a edge computing era mais uma ideia teórica do que uma prática comum. Os sistemas eram em grande parte centralizados, e a necessidade de processamento de borda era limitada.

Explosão da IoT: Com a IoT, uma quantidade massiva de dispositivos conectados entrou em cena, gerando uma quantidade sem precedentes de dados. Isso criou a necessidade de processamento de dados mais eficiente e em tempo real.

Avanços Tecnológicos: O desenvolvimento de tecnologias como 5G e IA acelerou a adoção da edge computing, tornando-a uma solução viável para uma variedade de aplicações, desde automação industrial até cuidados de saúde.

Atualidade: Hoje, a edge computing é uma parte integral de muitas infraestruturas de TI, permitindo uma análise de dados mais rápida e decisões em tempo real.

Conceitos Básicos

Diferença Entre Edge Computing, Cloud Computing e Fog Computing

Edge Computing: Em termos simples, a edge computing refere-se ao processamento de dados mais próximo da fonte de onde eles são gerados, como dispositivos IoT, sensores e outros dispositivos de borda. Isso minimiza a latência e acelera o tempo de resposta, tornando-a ideal para aplicações em tempo real.

Cloud Computing: A computação em nuvem envolve o armazenamento e processamento de dados em servidores remotos, geralmente em data centers centralizados. Embora eficiente para muitas aplicações, a abordagem centralizada pode introduzir latência e não é ideal para processamento em tempo real.

Fog Computing: Este é um termo intermediário que abrange tanto a edge computing quanto a cloud computing. Na fog computing, os dados podem ser processados tanto na borda quanto na nuvem, dependendo das necessidades específicas da aplicação.

Componentes Principais da Edge Computing

Dispositivos de Borda: Estes são os dispositivos físicos que coletam dados. Podem ser desde sensores simples até dispositivos mais complexos como câmeras de segurança e dispositivos IoT.

Gateways de Borda: Estes atuam como intermediários entre os dispositivos de borda e o sistema de processamento. Eles agregam dados e podem realizar algum nível de processamento antes de enviar os dados para a nuvem ou outro sistema centralizado.

Rede: A infraestrutura de rede é crucial para conectar dispositivos de borda aos gateways e aos servidores centrais. Tecnologias como 5G estão tornando essa conectividade mais eficiente.

Software de Borda: Este é o software que executa nos dispositivos de borda ou gateways e é responsável pelo processamento local dos dados. Ele pode incluir funções como análise de dados, filtragem e segurança.

Servidores de Borda: Estes são servidores físicos ou virtuais localizados perto dos dispositivos de borda. Eles realizam o processamento de dados mais pesados que não podem ser realizados pelos dispositivos de borda.

Vantagens e Desvantagens

Vantagens da Edge Computing

Redução de Latência: Ao processar dados mais perto da fonte, a edge computing minimiza a latência, o que é crucial para aplicações em tempo real como veículos autônomos e telemedicina.

Eficiência de Banda Larga: Ao filtrar e processar dados localmente, a edge computing reduz a quantidade de dados que precisam ser enviados para a nuvem, economizando largura de banda.

Segurança Aprimorada: A capacidade de processar dados localmente pode melhorar a segurança, já que menos dados sensíveis são transmitidos através da rede.

Escalabilidade: A edge computing permite que sistemas sejam facilmente escalados adicionando mais dispositivos de borda sem sobrecarregar a infraestrutura central.

Descentralização: Ao distribuir o processamento de dados, a edge computing oferece um sistema mais robusto e resiliente, menos suscetível a falhas em um único ponto.

Desvantagens da Edge Computing

Custo Inicial Elevado: A implementação de dispositivos de borda e servidores pode exigir um investimento inicial significativo.

Complexidade de Gerenciamento: Com muitos dispositivos de borda e servidores, o gerenciamento e a manutenção podem se tornar complexos.

Segurança: Embora possa melhorar a segurança em alguns aspectos, a edge computing também apresenta novos riscos, como a possibilidade de ataques físicos aos dispositivos de borda.

Interoperabilidade: A variedade de dispositivos e plataformas pode criar desafios de interoperabilidade, exigindo soluções de software mais complexas para integrar tudo de forma eficaz.

Atualizações e Manutenção: Manter todos os dispositivos atualizados e seguros pode ser um desafio, especialmente em sistemas grandes e distribuídos.

Esperamos que esta primeira parte do nosso artigo sobre edge computing tenha fornecido uma visão abrangente dos conceitos fundamentais, do histórico, das vantagens e desvantagens dessa nova tecnologia. A edge computing está remodelando a forma como interagimos com o mundo digital, e entender seus princípios básicos é o primeiro passo para não ficar para trás.

O que Esperar na Parte 2

Na próxima semana, daremos continuidade sobre esse tema, e será possível explorar:

Casos de Uso: Exemplos práticos onde a edge computing é aplicada.

Tecnologias Habilitadoras: Como o 5G, IA e blockchain estão impulsionando a edge computing.

Desafios de Segurança: Uma análise detalhada dos riscos e como mitigá-los.

Tendências Futuras: O que o futuro reserva para a edge computing?

Como Começar: Dicas práticas para implementar a edge computing em sua organização ou projeto.

Esperamos vocês na semana que vem para continuar aprendendo sobre as oportunidades da computação de borda (edge computing). Até lá!