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Diplomatas do G7 rejeitam agressões de China, Coreia do Norte e Rússia

A guerra da Rússia na Ucrânia consumiu grande parte da agenda dos chefes de Relações Exteriores do G7, reunidos no Japão.

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18 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Diplomatas do G7 rejeitam agressões de China, Coreia do Norte e Rússia
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi.

Os principais diplomatas do G7 prometeram na segunda-feira, 17, uma posição dura em reação às crescentes ameaças da China a Taiwan e a testes de mísseis de longo alcance pela Coreia do Norte, ao mesmo tempo em que avaliaram formas de ampliar o apoio à Ucrânia e punir a Rússia por sua invasão do país vizinho.

A guerra da Rússia na Ucrânia consumiu grande parte da agenda dos chefes de Relações Exteriores do G7, que se reuniram na cidade japonesa de Karuizawa para conversas destinadas a preparar o caminho para eventuais novas iniciativas por parte dos líderes do grupo, que irão se encontrar em Hiroshima no próximo mês.

O mundo está em um “ponto de inflexão” no que diz respeito ao conflito na Ucrânia e deve “rejeitar com firmeza as tentativas unilaterais de mudar o status quo pela força, a agressão da Rússia contra a Ucrânia e suas ameaças de uso de armas nucleares”, disse o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, a seus pares, de acordo com o governo japonês.

Para a delegação norte-americana, o encontro ocorre em um momento crucial da resposta mundial à invasão da Ucrânia pela Rússia e dos esforços para lidar com a China, dois temas que os ministros do G7 de Japão, EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Itália e União Europeia veem como grandes desafios para a ordem internacional baseada em regras estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial.

Um alto funcionário dos EUA que acompanha no Japão o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse a repórteres que o objetivo do governo americanos para as negociações é reforçar o apoio à Ucrânia, incluindo uma grande iniciativa para infraestrutura de energia ucraniana, lançada nas reuniões do G7 do ano passado na Alemanha, assim como garantir a prestação contínua de assistência militar a Kiev. Aumentar a punição contra a Rússia, principalmente por meio de sanções econômicas e financeiras, também será uma prioridade, disse o funcionário americano.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reiterou na segunda-feira, 17, a posição de seu país de que não se envolveria em nenhuma conversa de paz a menos que a Rússia se retirasse de todo o território ucraniano. A declaração foi feita em coletiva de imprensa em Bagdá, onde o ucraniano se encontrou com autoridades iraquianas e declinou as ofertas do país para a mediação de um acordo no momento.

O Kremlin quer que Kiev reconheça a soberania da Rússia sobre a Crimeia, que Moscou assumiu em 2014, e também reconheça a anexação de setembro das províncias ucranianas de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia. A Ucrânia rejeitou essas exigências e insiste que não manterá negociações com a Rússia até que as tropas de Moscou se retirem de todos os territórios ocupados. “Precisamos que a Rússia concorde com um fato muito simples de que deve parar a guerra e se retirar”, acrescentou Kuleba.