Marvym de Brito
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Saúde e Bem Estar

Cuidando de você: alimentação e bem-estar após os 40

A alimentação que deveria ser um momento de autocuidado e prazer acaba sendo esquecida e deixada de lado trazendo como resultado escolhas menos saudáveis ou refeições rápidas e com poucos nutrientes.

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14 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Cuidando de você: alimentação e bem-estar após os 40
As mulheres vão entrando na faixa dos 40 anos e começam a perceber mudanças hormonais principalmente com a queda nos níveis de estrogênio e progesterona que podem trazer impactos a saúde.

Com a correria do dia a dia, muitas mulheres, que têm mais de 40 anos, estão ocupadas em variados compromissos. Seja no trabalho, em casa ou até mesmo nos dois ao mesmo tempo. Essa dedicação às questões familiares e profissionais muitas vezes acabam fazendo com que elas se esqueçam de cuidar de si mesmas. É mais comum do que imaginamos ver mulheres que se dedicam para garantir que os filhos estejam bem, que o trabalho seja feito com boa execução e que a casa esteja em ordem, mas nesse percurso elas podem esquecer de suas próprias necessidades especialmente em relação a alimentação.

A alimentação que deveria ser um momento de autocuidado e prazer acaba sendo esquecida e deixada de lado trazendo como resultado escolhas menos saudáveis ou refeições rápidas e com poucos nutrientes. É fundamental lembrar que cuidar de si mesma não é um ato egoísta, mas uma necessidade para manter a saúde e o bem-estar. Com um pouco de atenção e planejamento é possível recuperar essa situação e promover uma alimentação equilibrada que traga benefícios a saúde física e emocional possibilitando que mulheres se sintam revigoradas e cheias de energia para enfrentar suas várias tarefas.

As mulheres vão entrando na faixa dos 40 anos e começam a perceber mudanças hormonais principalmente com a queda nos níveis de estrogênio e progesterona que podem trazer impactos a saúde. A alimentação tem um papel fundamental nesse processo pois certos alimentos e nutrientes podem ajudar a diminuir os efeitos dessa queda hormonal. Por exemplo, estudos mostram que mulheres nessa faixa de idade podem ter uma redução de até 30% nos níveis de estrogênio durante a menopausa o que pode trazer sintomas como ondas de calor, alterações de humor e ganho de peso.

Alimentos ricos em fitoestrogênios, como soja, grão-de-bico e lentilhas podem ajudar a regular esses níveis de hormônios pois esses compostos naturais têm uma formação química parecida com o estrogênio e podem atuar como uma forma de reposição.

Incluir alimentos ricos em ômega-3 como peixes de gordura boa como salmão e sardinha e sementes de linhaça pode ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a saúde cardiovascular, que muitas vezes é uma preocupação. Nutrientes como cálcio e vitamina D são essenciais para a saúde óssea e podem ser achados em laticínios vegetais de folhas verdes e peixes enlatados. Ao escolher por uma dieta equilibrada e rica em nutrientes as mulheres podem não apenas diminuir os efeitos das mudanças dos hormônios como também promover uma saúde geral durante essa fase da vida.

O processo da queda de hormônios é um caminhar natural da vida e é importante a conscientização de que sim, os alimentos são aliados poderosos e que sem eles, as coisas podem piorar podendo levar a uma série de problemas de saúde que afetam não apenas o bem-estar físico, mas também o emocional. Sem o suporte de fitoestrogênios as mulheres podem enfrentar um aumento nos sintomas da menopausa suores noturnos, que podem impactar a qualidade do sono e a vida cotidiana.

A deficiência em cálcio e vitamina D pode contribuir para a perda óssea acelerada e aumentar o risco de osteoporose uma característica que afeta uma em cada três mulheres depois dos 50 anos. O desequilíbrio hormonal também pode levar ao aumento de gordura especialmente na região abdominal aumentando o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2. A falta de ômega-3 na dieta pode aumentar a inflamação no corpo aumentando os problemas como artrite e dores crônicas. A falta desses nutrientes junto da queda hormonal pode criar um ciclo que prejudica a saúde física e mental aumentando o estado de fadiga baixa autoestima e até depressão, o que torna ainda mais importante o cuidado com a alimentação nessa fase da vida.

É fundamental que as mulheres se lembrem da importância de cuidar de si e de sua saúde. A dedicação para as responsabilidades familiares e profissionais não deve ser feita só para o bem-estar pessoal. Escolher uma alimentação equilibrada e nutritiva não é uma forma de autocuidado, mas é também uma forma de que você tenha a energia e a força para enfrentar os desafios diários.

Ao se nutrir de forma adequada você não apenas melhora sua saúde física, mas também fortalece seu estado emocional e mental. Lembre-se de que cuidar de si é fundamental para poder continuar cuidando dos outros e isso pode ser feito de maneira simples e prazerosa. Tire um tempo para escolher alimentos saudáveis testar novas receitas e ouvir seu corpo. Você merece se sentir bem disposta e feliz em todas as fases da vida.