Edição do dia
Todos nós temos uma voz interna para organizar os pensamentos. Mas, às vezes, ela parece mais uma inimiga. Você provavelmente já passou horas acordado no travesseiro, rememorando tim-tim por tim-tim aquela discussão que teve de manhã. E tudo o que você realmente queria era uma mente quieta, que deixasse você dormir em paz… Nesses momentos, parece que a nossa voz interna é mais inimiga do que amiga. Não está de todo errada.
Se temos algum problema, é normal achar que, se pararmos para refletir muito, vamos encontrar uma solução. Mas a verdade é que, quando estamos mal, nossa mente costuma nos causar mais danos do que ajudar em vez de pensarmos racionalmente sobre a situação, ficamos remoendo as mágoas. “mergulhamos na introspecção na esperança de entrar em contato com novo…”
Eu como estudiosa da mente humana e especialista no controle das emoções. Indico o livro, A Voz na Sua Cabeça. O neurocientista Kross explica como a mente evoluiu para funcionar bem em situações normais – mas como ela falha e joga contra em cenários de estresse ou tensão.
A boa notícia é que dá para domar essa voz, deixá-la um pouco mais racional. Kross traz diversos estudos e exemplos de celebridades que teriam aprimorado suas vozes internas.
Sugiro você fazer o exercício do distanciamento – julgar a situação como se fosse com outra pessoa – pode ser uma boa estratégia para resolver problemas. Experimente.
Segue sete ações para ajudar você:
1. Reconheça os pensamentos negativos: o primeiro passo para controlar qualquer problema é reconhecê-lo. A autoconsciência é fundamental. Quando perceber que um pensamento negativo surge, anote-o ou apenas reconheça-o mentalmente.
2. Desafie seus pensamentos: questionar a validade de nossos pensamentos negativos pode ser uma ferramenta poderosa. Pergunte a si mesmo: “Isso é realmente verdade?” ou “existe uma evidência concreta que respalde este pensamento?”
3. Prática de atenção plena (mindfulness): a meditação e a atenção plena podem ajudar a acalmar a mente e a nos distanciar dos pensamentos negativos. Estas práticas nos permitem observar nossos pensamentos sem julgamento e nos dão o espaço para escolher como responder a eles.
4. Redirecione sua atenção: quando nos pegamos em um ciclo de pensamentos negativos, uma técnica útil é desviar a atenção para algo positivo ou uma atividade que gostamos.
5. Evite estímulos negativos: esteja ciente do que consome, seja na mídia ou em conversas. Rodeie-se de influências positivas e evite fontes consistentemente negativas.
6. Fale sobre isso: conversar com alguém de confiança pode ser terapêutico. Eles podem oferecer uma perspectiva externa e ajudar a desafiar esses pensamentos. Desde que esse alguém seja positivo.
7. Treinamento cognitivo: existem várias técnicas e terapias, como terapia emocional que são projetadas para ajudar as pessoas a identificar e mudar padrões de pensamento negativo.
Conclusão: controlar os pensamentos negativos é um processo contínuo e requer prática. No entanto, com as ferramentas certas e um compromisso com o autoconhecimento e a autogestão, é possível viver uma vida mais positiva e equilibrada.
