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China quer gerar 12 milhões de empregos

Autoridades de planejamento não anunciaram detalhes sobre gastos nem outras iniciativas para reativar o crescimento no número de empregos.

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07 de março de 2023
Vinicius Palermo
China quer gerar 12 milhões de empregos
De olho na geração de empregos na China, o premiê Li Keqiang anunciou metas de elevar a renda e encorajar a inovação.

Autoridades econômicas da China expressaram na segunda-feira (6) confiança de que cumprirão a meta de crescimento deste ano de “cerca de 5%”, ao gerar 12 milhões de novas vagas e encorajar os gastos dos consumidores, após o fim dos controles contra a covid-19.

Autoridades de planejamento do gabinete não anunciaram detalhes sobre gastos nem outras iniciativas para reativar o crescimento do número de empregos, que desacelerou a 3% no ano passado, o segundo mais fraco em décadas. Mas afirmaram que planejam uma série de medidas para cumprir as metas anunciadas no domingo (5) pelo premiê Li Keqiang de elevar a renda e encorajar a inovação.

Os esforços para impulsionar a economia chinesa têm implicações globais, após vendas fracas no varejo, em automóveis e no setor imobiliário conterem a demanda por importações. O país é o maior mercado exportador para seus vizinhos asiáticos e uma fonte de receita importante para companhias ocidentais.

“Há muitos instrumentos de política na caixa de ferramentas”, afirmou o vice-presidente da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento, Li Chunlin, em entrevista coletiva durante reunião da legislatura cerimonial da China.

O relatório de trabalho do premiê no domingo foi inusualmente breve, com poucos detalhes, o que sugere que o Partido Comunista deve aguardar até um novo premiê e os ministros do governo serem nomeados neste mês para anunciar outras mudanças em tributos, regulação e subsídios.

A meta de criação de empregos para este ano é de 12 milhões, superior à do ano passado, de 11 milhões, mas inferior aos 12,1 milhões de fato conseguidos em 2022, segundo Li.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que o país deve colocar maior ênfase no desenvolvimento dos setores de tecnologia e ciência, com a finalidade de trazer um crescimento mais “saudável e de alta qualidade” ao setor privado chinês, o que inclui mais cooperação entre empresas, universidades e institutos de pesquisa locais.

Durante a primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN), a legislatura nacional da China, na província de Jiangsu, Xi Jinping disse aos membros do Partido Comunista chinês presentes que um novo modelo de desenvolvimento deve ser feito, para de alguma forma implementar o desenvolvimento tecnológico a expansão da demanda doméstica o mais rápido possível.

“Promover o desenvolvimento de alta qualidade é necessário para manter e fortalecer a liderança geral e garantir a autogovernança plena e rigorosa do Partido”, afirmou o presidente chinês, segundo texto publicado pelo governo.