A China disse na quarta-feira, 15, que tomará medidas contra entidades dos Estados Unidos relacionadas à derrubada de um suposto balão espião chinês na costa leste americana. Em um briefing diário, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, não deu detalhes e não identificou os alvos das medidas.
A China afirma que o balão era um dirigível meteorológico não tripulado que foi acidentalmente desviado do curso e acusa os EUA de exagerar ao derrubá-lo com um míssil disparado de um caça F-22. Desde a queda do balão no dia 4 de fevereiro, os EUA sancionaram seis entidades chinesas que dizem estar ligadas aos programas aeroespaciais de Pequim. Embora a China negue que o balão seja um ativo militar, ainda não disse qual departamento ou empresa do governo era responsável por ele.
Na quarta-feira, o embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, disse que a invasão do balão chinês faz parte de um padrão de comportamento agressivo de Pequim. “O balão para mim não é um incidente isolado”, afirmou.
Em meio a especulações sobre supostos balões espiões chineses, o Ministério da Defesa de Taiwan disse que derrubaria qualquer objeto militar suspeito que se aproximasse de sua costa marítima a partir da China continental.
O vice-chefe adjunto do Estado-Maior para inteligência, major-general Huang Wen-chi, disse a repórteres que a ilha autônoma está em guarda para qualquer incursão, mas ainda não encontrou nenhuma que tenha penetrado em suas defesas.
Balões encontrados até agora em Taiwan foram usados para exploração meteorológica, informou o major-general. Eles eram relativamente pequenos e leves e explodiriam ao subir a uma altitude que poderia ser ameaçadora. Taiwan ainda não encontrou alvos que exijam uma resposta letal, disse Huang.
Na quarta-feira, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) deixou algumas de suas taxas de juros inalteradas, sugerindo que poderá congelar suas principais taxas de referência na próxima semana.
O PBoC manteve a taxa de linha de crédito de médio prazo, de um ano, em 2,75%, ao injetar 499 bilhões de yuans (US$ 73,09 bilhões) em liquidez no mercado financeiro. Também deixou intocada a taxa de 2% do acordo de recompra reversa de sete dias, numa injeção de 203 bilhões de yuans.
A decisão indica que o PBoC provavelmente manterá suas taxas para empréstimos de 1 e 5 anos – conhecidas como LPRs – nos níveis atuais por mais um mês. O anúncio sobre as LPRs está previsto para segunda-feira, 20.