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Ilhas Paracel

China faz ameaças aos EUA, após movimentação de navio de guerra americano

o governo da China disse que o movimento foi uma violação de sua soberania e segurança, e que poderia ter “sérias consequências”.

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25 de março de 2023
Vinicius Palermo
China faz ameaças aos EUA, após movimentação de navio de guerra americano
Movimentações navais dos EUA deixam China em alerta.

A China fez ameaças aos Estados Unidos depois que a Marinha norte-americana navegou um contratorpedeiro de mísseis guiados ao redor das disputadas Ilhas Paracel, no Mar da China Meridional, pelo segundo dia consecutivo. Pequim disse que o movimento foi uma violação de sua soberania e segurança, e que poderia ter “sérias consequências”.

Na quinta, depois que os EUA navegaram pela primeira vez o navio USS Milius perto das Ilhas Paracel, a China disse que sua Marinha e a força aérea forçaram a retirada da embarcação americana – alegação que os militares dos Estados Unidos negaram.

Os EUA navegaram novamente na sexta-feira nas proximidades das ilhas – ocupadas pela China, mas também reivindicadas por Taiwan e Vietnã – como parte do que chamou de “operação de liberdade de navegação”, desafiando os requisitos de todas as três nações que exigem uma notificação de antecedência ou permissão antes da passagem de um navio militar.

“Reivindicações marítimas ilegais e abrangentes no Mar do Sul da China representam uma séria ameaça à liberdade dos mares, incluindo as liberdades de navegação e sobrevoo, livre comércio e comércio desimpedido e liberdade de oportunidade econômica para as nações litorâneas do Mar do Sul da China”, disse o porta-voz da 7ª Frota dos EUA, tenente Luka Bakic, em uma declaração por e-mail.

O Ministério da Defesa da China respondeu acusando os Estados Unidos de “minar a paz e a estabilidade do Mar da China Meridional” com suas ações. “O ato dos militares americanos violou seriamente a soberania e a segurança da China, violou severamente as leis internacionais e é a evidência mais sólida de que os EUA buscam a hegemonia da navegação e militarizam o Mar do Sul da China”, disse Tan Kefei, porta-voz do ministério.

“Solicitamos solenemente que os EUA parem imediatamente com tais ações de provocação, caso contrário, arcarão com as graves consequências de incidentes inesperados causados por isso”, afirmou, acrescentando que a China tomaria “todas as medidas necessárias” para garantir sua segurança, sem mais detalhes.

Autoridades invadiram os escritórios do Mintz Group em Pequim, detendo todos os cinco funcionários da empresa de investigação com sede em Nova York, um incidente que provavelmente irá aumentar o nervosismo das empresas internacionais que operam no país. Em um comunicado na sexta-feira, a empresa Mintz disse que cinco empregados chineses foram detidos sem aviso prévio e que o escritório está fechado.

A Mintz também afirmou que está licenciada para fazer negócios na China e que opera de forma transparente e dentro da lei. “O Mintz Group não recebeu nenhum aviso oficial sobre um processo contra a empresa e solicitou que as autoridades libertem seus funcionários”, disse o comunicado. “Estamos prontos para trabalhar com as autoridades chinesas para resolver qualquer mal-entendido que possa ter levado a esses eventos.”

O fato ocorre quando os chefes de empresas multinacionais, incluindo Apple e Pfizer, devem chegar ao país para se reunir com as principais autoridades chinesas. O Fórum de Desenvolvimento da China, que está marcado para este fim de semana, será o primeiro totalmente presencial desde o início da pandemia da covid-19. O evento ocorre também algumas semanas depois que o país apresentou uma lista de novos líderes governamentais, sinalizando novos esforços para aumentar o investimento estrangeiro.