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China deve crescer 5,2% em 2023, aponta FMI

De acordo com o FMI, a recuperação da China está sujeita a “muita incerteza” e deve enfrentar uma crise no mercado imobiliário.

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04 de fevereiro de 2023
Vinicius Palermo
China deve crescer 5,2% em 2023, aponta FMI
China - Hubei Broadcasting Corporation

O Fundo Monetário Internacional, FMI, revisou a previsão de crescimento econômico da China de 4,4% para 5,2% este ano.

No entanto, a recuperação da segunda maior economia global está sujeita a “muita incerteza” e deve enfrentar uma crise no mercado imobiliário.

Em avaliação publicada na sexta-feira, em Washington, o FMI destaca que a retoma da confiança do consumidor impulsionará o mercado regional de turismo, fortemente atingido pela crise de saúde.

O país asiático vive uma recuperação do consumo, após a decisão de abandonar as restrições da pandemia em dezembro. Em 2022, a economia da China teve uma expansão de 3%, uma das taxas mais fracas em décadas.

Mobilidade e atividade da economia

Além da recuperação, a mobilidade e a atividade da economia seguem o mesmo ritmo após a suspensão das restrições. O resultado é um impulso à economia global.

Mesmo assim, a China ainda enfrenta desafios econômicos significativos. O mais saliente é a contração no mercado imobiliário, que contribui com um quarto do Produto Interno Bruto, PIB.

O FMI prevê que, a longo prazo, “os ventos contrários ao crescimento incluem uma população cada vez menor e um crescimento mais lento da produtividade”.

Crise no mercado imobiliário da China

O mercado imobiliário sofreu uma crise de dívida que deixou dezenas de projetos residenciais incompletos causando fúria entre os proprietários e diminuindo a confiança no setor.

O órgão citou medidas para revitalizar a área, mas destacou que será preciso fazer mais para acabar com a crise, incluindo a injeção de fundos para a conclusão de projetos problemáticos e promover a reestruturação com base no mercado.

O relatório técnico recomenda uma série de reformas estruturais a serem implementadas a médio prazo. Sem elas, o crescimento da China poderá baixar além de 4% nos próximos cinco anos, com a redução da força de trabalho.

As sugestões incluem o reforço da rede de segurança social para conter uma acumulação de poupança entre as famílias que estão ansiosas pelo estímulo da demanda por imóveis e por um crescimento mais amplo.

O FMI explicou ainda que o aumento da poupança doméstica da China cresceu para cerca de US$ 2,6 trilhões no ano passado.