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A empresa aeroespacial brasileira Eve Air Mobility – uma subsidiária independente da brasileira multinacional aeroespacial Embraer – espera ter sua primeira aeronave nos céus já em 2026.
Falando no palco do Web Summit Rio, o presidente e CEO da Embraer-X, Daniel Moczydlower disse que a empresa já anunciou a linha de montagem e a primeira fábrica.
“Vai ser na cidade de Taubaté. Até o final de 2026, teremos testes de solo suficientes, dados de testes de voo e dados de túnel de vento que podemos fornecer à agência a ANAC – Autoridade Brasileira – para que possam verificar se tudo está funcionando de acordo com seus padrões. Eles podem nos dar o selo e então todos nós podemos começar a aproveitar o voo”, disse.
Os comentários de Daniel ocorrem no momento em que a corrida aeroespacial urbana esquenta entre empresas dos EUA, China, Médio Oriente e América Latina.
Daniel expressou confiança de que o Brasil sairá vencedor: “Somos a única startup deste mercado que é apoiada por uma empresa muito forte com mais de 50 anos de engenharia, experiência e conhecimento como certificar aeronaves para transportar passageiros civis com segurança. Então, nossa previsão é que muitas empresas que estão tentando chegar lá não terão sucesso, e isso é a regra natural do jogo. Eles serão adquiridos ou abandonados ao longo do caminho.”
Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países do mundo que possui uma estrutura nacional própria, tecnologia para o software de missão crítica que suporta a gestão do tráfego aéreo. “Esse software foi desenvolvido por empresa criada pela Força Aérea Brasileira, posteriormente adquirida pela Embraer [e] … está trabalhando em conjunto com a Eve Air Mobility para desenvolver a próxima geração
de software de gerenciamento de tráfego aéreo. Já anunciamos isso. Isso é uma notícia muito recente também. O produto se chamará Vector. Então Vector é o produto da Eve, que será marketing global e permitirá aos países administrar o espaço aéreo de uma forma muito segura, para permitir a introdução dos eVTOLs, porque sem uma tecnologia como essa, você seria limitado ao que os helicópteros podem fazer hoje.”
Os comentários de Daniel foram feitos como parte de uma discussão mais ampla sobre a indústria aeroespacial brasileira no Web Summit Rio, onde mais de 34 mil pessoas se reuniram para discutir as questões mais urgentes em torno da tecnologia e para fazer conexões significativas
que moldará o futuro.
Também presente no evento, a cofundadora da AuthentifyIT e membro do conselho da UNESCO’s Impact – Conselho Empresarial para IA e ESG – alertou as empresas para considerarem os limites do uso dos dados das pessoas ao empregar sistemas de IA.
Enfatizando a necessidade crítica de transparência e ética em startups orientadas por IA, Bianca disse que “se a sua startup está olhando dados e aproveitando dados, modelos, esteja pronto para dizer às pessoas como. E se você acha que isso é IA e você tem uma IA prática, procure contratar alguém que fale sobre ética que atenda aos limites do uso de dados das pessoas.”
Ela acredita que as startups são apanhadas pela emoção de dizer ‘eu sou IA’, assim como foi emocionante dizer ‘tenho APIs’ e ‘sou um “inserto aqui”… seguros, fintech…’.
Bianca também abordou equívocos comuns na indústria em relação às capacidades de AI, alertando contra superestimar o estado atual da tecnologia. “Todos vocês estão usando as palavras, mas, muitas vezes, com isso, surgem conceitos errados. E muitas coisas lá fora não existem realmente IA. Muitas dessas coisas são apenas modelagem básica de regressão.
“Muitos dos dados que estão por aí não são realmente transformadores e inovadores, e muitos dos serviços que estão sendo construídos têm preocupações éticas e proprietárias realmente importantes.”
