Economia
Risco baixo

C6 afirma não ter nenhum tipo de relacionamento ou exposição ao SVB

Nas redes sociais, chegaram a circular rumores de que o C6 poderia ter exposição ao banco norte-americano.

Compartilhe:
13 de março de 2023
Vinicius Palermo
C6 afirma não ter nenhum tipo de relacionamento ou exposição ao SVB
C6 foi um dos bancos brasileiros que correram para negar exposição ao SVB.

Em meio às repercussões negativas da quebra do banco norte-americano Silicon Valley Bank (SVB), que tem recursos em startups e fintechs brasileiras, o banco C6 informou na segunda-feira, 13, que “nunca teve nenhum tipo de relacionamento ou exposição” ao SVB.

Nas redes sociais, chegaram a circular rumores de que o C6 poderia ter exposição ao banco norte-americano, assim como outros bancos digitais brasileiros.

“O banco americano SVB, focado em startups, quebrou! Começou a circular uma lista de empresas brasileiras que teriam exposição a este banco, dentre elas alguns bancos digitais, como Nubank e C6”, escreveu um internauta no Twitter. “O SVB quebrou. Quanto tempo para a galera ficar histérica com Nubank, Banco Inter, C6, Pagbank”, questiona outra pessoa.

No sábado, o Nubank negou que tivesse qualquer exposição ao SVB. Na segunda, também a Pagseguro informou que não tem exposição ao banco norte-americano.

Com US$ 209 bilhões em ativos e US$ 175,4 bilhões em depósitos, o SVB se tornou o maior banco norte-americano a quebrar desde a crise financeira de 2008 ao ser fechado por reguladores dos Estados Unidos na última sexta-feira, 10.

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) assumiu o controle da empresa controlada pela SVB Financial Group, como forma de proteger os clientes.

No domingo, 12, por sua vez, o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciou a criação de um programa de emergência para tentar conter os efeitos do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) sobre o sistema bancário dos Estados Unidos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o colapso do SVB não parece suficiente para gerar uma crise sistêmica. Mesmo assim, o ministro reconheceu que ainda não há informações suficientes para dimensionar o problema criado pelo episódio.

“Eu não sei se ele vai gerar uma crise sistêmica. Aparentemente, não. Não vi ninguém ainda tratar desse episódio como um Lehman Brothers, mas o fato é que é grave o que aconteceu”, disse.

Haddad relatou ter passado o fim de semana conversando com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e com bancos brasileiros para colher a percepção de risco. O ministro aguarda a volta do dirigente do BIS para discutir sobre o tema.

“Precisa ver se a autoridade monetária do Brasil vai ter de tomar alguma providência em virtude dos efeitos sobre as economias periféricas. Isso não está claro ainda, é o que vamos acompanhar ao longo do dia”, afirmou Haddad.

O ministro acrescentou que a reação do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) à quebra do SVB foi positiva para garantir os depositantes e evitar uma corrida bancária. Haddad lembrou ainda que o SVB é um banco regional, com carteira descasada.