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Bolsas da Europa fecham sem sinal único, observando sinais dos EUA

Nos EUA, as expectativas para a inflação medidas pelo Instituto Michigan em 12 meses subiram, passando de 2,9% em março para 3,1% em abril.

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13 de abril de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham sem sinal único, observando sinais dos EUA
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,06%, aos 504,85 pontos.

As bolsas da Europa fecharam sem sinal único na sexta-feira, 12, em sessão atenta a sinais dos Estados Unidos, principalmente sobre a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o começo da temporada de balanços no país, com os dois fatores pressionando os índices.

Por outro lado, ações de mineradoras tiveram forte alta na sessão por conta do avanço dos preços dos metais, o que fôlego especialmente à bolsa de Londres. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,06%, aos 504,85 pontos.

Nos EUA, as expectativas para a inflação medidas pelo Instituto Michigan em 12 meses subiram, passando de 2,9% em março para 3,1% em abril. Já para o intervalo de cinco anos, as expectativas de inflação cresceram de 2,8% para 3,0% em igual período.

Os resultados pressionam o Fed por uma postura mais restritiva. Já no começo da temporada de balanços, as ações do JPMorgan Chase recuaram, após o maior banco em ativos do mundo revelar uma despesa extraordinária de US$ 725 milhões no primeiro trimestre relacionada ao estresse bancário no ano passado, o que camuflou o lucro acima do esperado no período.

No Reino Unido, a produção industrial teve alta mensal de 1,1% em fevereiro, surpreendendo analistas que previam estabilidade. Já o Produto Interno Bruto (PIB) britânico cresceu 0,1% no mesmo período, em um novo sinal de que o país está deixando a recessão para trás. No país, a mineradora Glencore subiu 5,10%, enquanto a Anglo American avançou 3,67%, impulsionando o FTSE 100 a fechar em alta de 0,91%, a 7.995,58 pontos, em Londres.

Na Alemanha, por sua vez, foi confirmado que a taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) desacelerou a 2,2% em março. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,28%, a 17.904,15 pontos. Em Milão, o FTSI MIB subiu 0,15%, a 33.764,15 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 0,31%, a 10.682,40 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,65%, a 6.337,43 pontos.

Entre ações individuais, a da BP saltou 3,67% em Londres, após relatos de que a petrolífera britânica foi recentemente alvo de possível aquisição pela Abu Dhabi National Oil Co. (Adnoc), dos Emirados Árabes Unidos. Já o Société Générale fechou acordos para vender as operações marroquinas Société Générale Marocaine de Banques e La Marocaine Vie à empresa de investimento privado Saham Group, por 745 milhões de euros, e a ação do banco avançou 1,82% em Paris, onde o CAC 40 recuou 0,16%, a 8.010,83 pontos.

As bolsas da Ásia encerraram os negócios de, majoritariamente em baixa, com a de Hong Kong derrubada por dados fracos de exportação da China. O Hang Seng, único índice de ações asiático relevante que ainda não havia fechado quando os últimos números da balança comercial chinesa foram divulgados, com algumas horas de atraso, amargou queda de 2,18% em Hong Kong, a 16,721,69 pontos.

Na comparação anual de março, as exportações chinesas sofreram uma inesperada queda de 7,5%, que contrariam previsão de alta de 0,1%. As importações do gigante asiático também decepcionaram.

Na China continental, onde os mercados já estavam fechados quando o indicador de comércio foi publicado, o dia também foi de perdas, lideradas por ações de energia e do setor imobiliário O Xangai Composto caiu 0,49%, a 3.019,47 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,81%, a 1.707,71 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Kospi cedeu 0,93% em Seul, a 2 681,82 pontos, à medida que o apetite por risco se enfraqueceu após o banco central sul-coreano, conhecido como BoK, deixar seu juro básico inalterado em 3,5% pela décima vez consecutiva, enquanto o Taiex registrou perda marginal de 0,08% em Taiwan, a 20.736,57 pontos.

Exceção, o japonês Nikkei subiu 0,21% em Tóquio, a 39.523,55 pontos, ajudado por ações de eletrônicos e da indústria real, graças em parte à fraqueza do iene. Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por ações de bancos e ligadas a consumo. O S&P/ASX 200 caiu 0,33% em Sydney, a 7.788,10 pontos.