As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 18, após sinais de melhora econômica na China. Investidores ainda ponderam sobre os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE), que cortou juros em 25 pontos-base na quinta-feira, 17.
O FTSE 100, de Londres, caiu 0,32%, aos 8.358,25 pontos. O CAC 40, de Paris, ganhou 0,39%, encerrando em 7.613,05 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 0,38%, aos 19 658,01 pontos.
Dados que mostram um pequeno avanço trimestral na economia da China espantaram os temores de desaceleração no gigante asiático cooperaram para a alta em papéis de luxo na zona do euro, também de olho em medidas do governo para tentar apoiar a atividade.
Os papéis da LVMH, uma das maiores empresas de artigos de luxo, fecharam em alta de 2,18% em Paris. Em Milão, a ação da Salvatore Ferragamo fechou em alta de 2,69%, beneficiadas pela perspectiva chinesa.
Os mercados seguiram repercutindo novo corte de juros do BCE, mas comentários de dirigentes da instituição indicaram alguma preocupação sobre a economia da zona do euro.
O presidente do BC da Estônia, Madis Muller, disse que o crescimento econômico na região será “muito mais modesto” do que o esperado. Ainda, o presidente do BC da Eslovênia, Bostjan Vasle, alertou para um aumento temporário da inflação na zona do euro até o final do ano.
Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, avançou 0,07%, para os 11 913,30 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,47%, a 35.204,26 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,62%, aos 6 673,90 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, 18, após a China publicar dados econômicos animadores e tomar novas medidas para sustentar seus mercados acionários.
Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 2,91%, a 3.261,56 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve desempenho ainda melhor, com ganho de 4,09%, a 1.906,86 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 3,61%, a 20.804,11 pontos.
No terceiro trimestre, O PIB da China teve expansão anual de 4,6%, em linha com a previsão da FactSet, mas acima dos consensos do The Wall Street Journal e da Reuters, de 4,5% em ambos os casos. Apenas em setembro, tanto a indústria quanto o varejo chineses surpreenderam positivamente.
Já o banco central chinês (PBoC) emitiu diretrizes para que bancos estatais concedam empréstimos para recompras de ações por empresas e grandes acionistas, como parte de esforços para estabilizar as bolsas do país, que perderam força nos últimos anos.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve modesta alta de 0,18% em Tóquio, a 39.981,75 pontos, e o Taiex avançou 1,88% em Taiwan, a 23.487,27 pontos, em meio a um salto de 4,83% da ação da fabricante de chips TSMC, que garantiu lucro trimestral recorde em meio à forte expansão da demanda por inteligência artificial (IA).
Na contramão, o sul-coreano Kospi caiu 0,59% em Seul, a 2.593,82 pontos, em seu terceiro pregão negativo.
Na Oceania, a bolsa australiana também ignorou o tom majoritariamente positivo da Ásia, e o S&P/ASX 200 recuou 0,87% em Sydney, a 8.283,20 pontos.