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Aperto monetário

Bolsas da Europa fecham mistas, após Opep+

A consultoria CMC Markets destaca que as principais bolsas da europa lutaram para obter ganhos significativos.

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05 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham mistas, após Opep+
A bolsa de Frankfurt é uma das principais bolsas da Europa

Os mercados acionários da Europa fecharam na maioria em queda na terça-feira, 4, com o arrefecimento dos efeitos da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sobre os papéis de petroleiras. Banqueiros centrais do continente, por sua vez, continuam reforçando a importância de continuidade do aperto monetário.

A CMC Markets destaca que as bolsas europeias lutaram para obter ganhos significativos. Com relação ao FTSE 100, a consultoria destaca que o otimismo sobre a economia do Reino Unido ajudou a impulsionar os ganhos recentes da libra esterlina, o que “parece estar agindo como um empecilho no mercado mais amplo britânico, que caiu em território negativo, com recursos básicos, energia e industriais pressionando”.

Papéis da Anglo American (-1,64%); Antofagasta (-2,09%) e BP (-1,09%) caíram. Em Londres, o FTSE 100, perdeu 0,50% a 7.634,52 pontos.

Já o índice DAX, em Frankfurt, subiu 0,14%, a 15.603,47 pontos. O CAC 40, em Paris, perdeu 0,01%, a 7.344,96 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,56%, a 27.026,56 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 subiu 0,90%, a 9.239,95 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,32%, a 6.059,24 pontos.

No âmbito da política monetária, consumidores da zona do euro reduziram expectativas de inflação em fevereiro: para os próximos 12 meses, a expectativa de inflação recuou de 4,9% em janeiro para 4,6% em fevereiro, enquanto para o período de três anos, diminuiu de 2,5% para 2,4% na mesma comparação, mostrou a pesquisa mensal, que envolveu 14 mil adultos em seis dos maiores países da zona do euro.

Por outro lado, o membro do Banco Central Europeu Gabriel Makhlouf declarou que as taxas de juros precisarão ser mantidas a um nível restritivo para que a demanda seja contida.

Consumidores da zona do euro reduziram as expectativas de inflação em fevereiro, sinalizando maior otimismo em relação à trajetória dos preços no bloco.

Para os próximos 12 meses, a expectativa de inflação recuou de 4,9% em janeiro para 4,6% em fevereiro, enquanto para o período de três anos, diminuiu de 2,5% para 2,4% na mesma comparação, mostrou a pesquisa mensal, que envolveu 14 mil adultos em seis dos maiores países da zona do euro.

Em março, a taxa anual da inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou para 6,9%, ante 8,5% em fevereiro, atingindo o menor nível em 13 meses, de acordo com dados preliminares divulgados pela Eurostat na semana passada. Apesar disso, a inflação no bloco segue muito acima da meta oficial do BCE, que é de taxa de 2%.

Já o economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill afirmou nesta terça que o conselho do BoE sinalizou em discurso que seria mais dependente dos dados, “mas não necessariamente uma pausa, menos ainda um ponto de inflexão” na política monetária.

Investidores também monitoraram dados da zona do euro: Eurostat mostrou que a taxa anual de inflação ao produtor (PPI) do bloco desacelerou mais em fevereiro, a 13,2%, ficando abaixo das expectativas.