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Bolsas da Europa fecham em queda

Os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, reverteram o impulso que os negócios recebiam de indicadores econômicos das bolsas.

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08 de março de 2023
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em queda
As bolsas ficaram no azul durante grande parte do pregão

As bolsas europeias fecharam a terça-feira em queda, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicar que os juros podem subir mais que o previsto anteriormente. Os comentários reverteram o impulso que os negócios vinham recebendo de indicadores econômicos locais.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,13% a 7.919,48 pontos, enquanto o índice DAX, em Frankfurt, fechou em baixa de 0,60%, a 15.559,53 pontos. O CAC 40, em Paris, cedeu 0,46%, a 7.339,27 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,67%, a 27.761,57 pontos Já em Madri, o índice Ibex 35 recuou 1,01%, a 9.415,00pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,22%, a 6.030,11 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas ficaram no azul durante grande parte do pregão, mas perderam fôlego e viraram para o negativo, acompanhando a queda das bolsas em Nova York, após Powell apontar que o BC americano poderia aumentar o ritmo de taxa de juros se os dados  indicarem necessidade e que a taxa terminal de juros deverá ser maior que a prevista anteriormente.

Na visão da CMC Markets, a mudança de tom entre os discurso de Powell de fevereiro e de terça ajudou a levar as bolsas europeias às mínimas do dia. Adotando um tom considerado “hawkish” pela análise, o presidente do Fed deverá falar novamente na quarta, desta vez na Câmara dos Representantes dos EUA.

Mais cedo, a bolsa de Frankfurt chegou a ganhar fôlego com a alta inesperada das encomendas à indústria da Alemanha, que subiram 1% em janeiro ante dezembro, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pela agência de estatísticas do país, a Destatis.

O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda de 1% no período. O resultado se deve às encomendas externas, que avançaram 5,5% em janeiro ante o mês anterior. Já as encomendas domésticas sofreram contração de 5,3%.

Na comparação anual, as encomendas totais apresentaram expressiva queda de 10,9% em janeiro. A Destatis também revisou as variações das encomendas à indústria alemã em dezembro, para ganho mensal de 3,4% e redução anual de 9,9%.

No radar de investidores, também ficou a desaceleração da taxa anual da inflação ao consumidor (CPI) de países que integram Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Entre as ações em destaque, a TotalEnergies e a Esso-ExxonMobil tiveram queda de mais de 0,5% e de quase 1,5% em Paris, seguindo os mais de 250 protestos que acontecem nesta terça na França contra a reforma previdenciária. A fraqueza do setor de energia também foi vista em Londres, na Anglo American (queda de mais de 3,0%), Antofagasta (baixa de mais de 2,5%) e Glencore (queda de mais de 4,5%).