Mundo
Incertezas

Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas pelo avanço dos juros

O CAC 40, de Paris, teve leve queda de 0,01%, encerrando em 7.535,10 pontos. O DAX, de Frankfurt, teve perdas de 0,13%, a 19.435,61 pontos. As cotações são preliminares.

Compartilhe:
22 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas pelo avanço dos juros
O avanço dos juros dos Treasuries, conforme a economia americana segue resiliente e as incertezas políticas crescem, limitou o apetite por risco em dia de discursos de banqueiros centrais.

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 22, com operadores dividindo atenções entre a temporada de balanços e o comportamento errático dos juros nas principais economias do mundo, diante de incertezas em relação aos ciclos de afrouxamento monetário iniciados há pouco.
O FTSE 100, de Londres, recuou 0,14%, aos 8.306,54 pontos. O CAC 40, de Paris, teve leve queda de 0,01%, encerrando em 7.535,10 pontos. O DAX, de Frankfurt, teve perdas de 0,13%, a 19.435,61 pontos. As cotações são preliminares.

O avanço dos juros dos Treasuries, conforme a economia americana segue resiliente e as incertezas políticas crescem, limitou o apetite por risco em dia de discursos de banqueiros centrais.

Para o Julius Baer, no que toca a eleição norte-americana, a principal incerteza para as ações europeias é o risco de implementação de tarifas por Donald Trump, caso o republicano seja eleito.

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que os juros vão continuar caindo, mas a intensidade não está decidida. E o presidente do BC de Portugal, Mário Centeno, afirmou que pode ocorrer uma aceleração no ciclo, enquanto o presidente do BC da Alemanha, Joachim Nagel, comentou que o BC não se comprometeu com trajetória para as taxas. Já Megan Greene, do Banco da Inglaterra (BoE), disse é cedo para começar um ciclo mais sustentado de afrouxamento.

No cenário corporativo, a SAP avançou 2,14%, perdendo força no fim do pregão, após ampliar lucros e melhorar suas projeções para o ano. Enquanto HSBC teve ganhos de 0,90% ao anunciar mudanças em sua operação global.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, caiu 0,07%, para os 11 832,70 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,64%, a 34.733,52 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 1,12%, aos 6 554,76 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, 22, influenciadas por Wall Street, que na segunda perdeu fôlego após encerrar a última semana em níveis recordes.

Liderando perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 1,39% em Tóquio, a 38.411,96 pontos, sob o peso de ações de eletrônicos e de bancos e em meio a incertezas antes da eleição parlamentar no Japão, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,31% em Seul, a 2 570,70 pontos, e o Taiex registrou baixa marginal de 0,03% em Taiwan, a 23.535,43 pontos.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no azul, talvez sustentados ainda por esforços de Pequim para impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo. O Xangai Composto subiu 0,54%, a 3.285,87 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,86%, a 1.953,64 pontos.

Já em Hong Kong, o Hang Seng teve modesta alta de 0,10%, a 20 498,95 pontos, em recuperação que veio no fim do pregão.

O desempenho misto da região asiática veio após os mercados acionários de Nova York se comportarem da mesma forma na segunda, com quedas dos índices Dow Jones e S&P 500 e avanço do Nasdaq. No fim da semana passada, tanto o Dow Jones quanto o S&P 500 haviam renovado máximas de fechamento.

Na Oceania, a bolsa australiana foi pressionada por ações de grandes bancos e de produtoras de minério de ferro, e o S&P/ASX 200 caiu 1,66% em Sydney, a 8.205,70 pontos.