As bolsas da Europa fecharam em baixa na quarta-feira, 18, com as incertezas em relação à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nos Estados Unidos levando os investidores a frearem um pouco o apetite por risco.
Em Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 0,68%, aos 8.253,68 pontos, pressionado pelas expectativas sobre a decisão do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) na quinta-feira, após inflação em linha com as expectativas. O CAC 40, de Paris, caiu 0,57%, encerrando em 7.444,90 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve leve baixa de 0,03%, a 18.720,15 pontos. As cotações são preliminares.
A precificação de um corte de juros agressivo pelo Fed embalou ativos de risco nos últimos dias e conferiu ganhos às bolsas europeias. No entanto, depois da divulgação recente de dados de atividade e inflação acima do consenso nos EUA, parte do mercado volta a defender um início de ciclo mais cauteloso, o que provocou uma dinâmica de correção nesta quarta-feira.
Entre ações individuais, Davide Campari-Milano recuou 7,48% em Milão, após o CEO da fabricante de bebidas alcoólicas, Matteo Fantacchiotti, renunciar ao cargo meses depois de assumir o comando da empresa. Pressionado pelo recuo do ativo, o FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,37%, a 33.655,49 pontos.
Na outra ponta, BMW subiu 2,19% em Frankfurt após a montadora anunciar que iniciou, juntamente com Honda e Ford, as operações da ChargeScape, plataforma de integração de veículos elétricos. Joseph Vellone foi nomeado o primeiro CEO da empresa.
E a Siemens Energy teve ganhos de 2,88%. Analistas do Berenberg afirmaram em relatório que o papel ainda parece um investimento sólido, mesmo após a recente alta das ações, já que a empresa de energia alemã parece estar no caminho certo para atingir suas metas anuais.
Em outros mercados, o Ibex 35, de Madri, cedeu 0,12%, para os 11 689,90 pontos. E o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,93%, aos 6.754,67 pontos. As cotações são preliminares. As bolsas da Ásia encerraram o pregão sem direção única nesta quarta-feira, 18, na volta de feriado que deixou os negócios da China continental fechados nos últimos dias. Investidores se posicionam para a decisão do Federal Reserve (Fed), que deve entregar o primeiro corte de juros desde o começo da pandemia de covid-19.
Operadores vêm reforçando as apostas em uma redução de 50 pontos-base na taxa básica americana, mas o Societe Generale avalia que os dados recentes de inflação pedem uma postura mais comedida. Por isso, o banco acredita que os mercados acionários estão “expostos” a um eventual ajuste de 25 pontos-base, que poderia ter repercussões negativas nas mesas de operações.
Neste ambiente incerto, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,49%, a 2.717,28 pontos, mas o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,17%, a 1.473,73 pontos. Não houve negócios em Hong Kong e Seul, por conta do festival de outono.
No Japão, o Nikkei subiu 0,49% em Tóquio, a 36.380,17 pontos. Em destaque, Hino Motors avançou 3,94%, Mazda Motor ganhou 3,62% e Disco Corp se elevou 3,32%. Em Taiwan, o índice Taiex recuou 0,78%, a 21.678,84 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200 computou ganho marginal de 0,01% em Sydney, a 8.142,10 pontos.