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Bolsas da Europa fecham em alta e índice Stoxx 600 tem máxima histórica

O índice amplo Stoxx 600 encerrou provisoriamente a sessão com alta de 0,82%, em 495,10 pontos, superando seu recorde anterior de fechamento de 494,35 pontos

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22 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta e índice Stoxx 600 tem máxima histórica
As ações da Mercedes-Benz aceleraram 4,70% em Frankfurt

As bolsas europeias fecharam em alta na quinta-feira, 22, embaladas pelo avanço nos mercados de Wall Street, diante do otimismo com o resultado da empresa de inteligência artificial Nvidia. A Bolsa de Frankfurt teve o melhor desempenho entre as principais praças de negociação da Europa com a propulsão das fabricantes de carros de luxo, após a Mercedes-Benz anunciar lucro acima das expectativas e um novo programa de recompra de ações.

O índice amplo Stoxx 600 encerrou provisoriamente a sessão com alta de 0,82%, em 495,10 pontos, superando seu recorde anterior de fechamento de 494,35 pontos, marcado em 5 de janeiro de 2022. Também bateu recorde histórico intraday na quinta, em 496,30 pontos.

O DAX, referencial da Bolsa de Frankfurt, subiu 1,47%, aos 17 370,45 pontos. O FTSE ganhou 0,29%, aos 7.684,49 pontos, estreitando a distância para o recorde anterior de fechamento, de 8.012,53 pontos, alcançado em 16 de fevereiro. O CAC-40, de Paris, ganhou 1,27%, aos 7.911,60 pontos.

As ações da Mercedes-Benz aceleraram 4,70% em Frankfurt, após a montadora alemã de carros de luxo anunciar lucro antes de juros e impostos (EBIT) do quarto trimestre de 4,33 bilhões de euros (US$ 4,7 bilhões de dólares), elevando o valor do ano inteiro para 19,66 bilhões de euros.

As receitas aumentaram 2% em 2023, para 153,2 bilhões de euros, ante 150 bilhões no ano anterior. A empresa informou ainda um novo programa de recompra de ações no valor de até 3 bilhões de euros, apesar do alerta sobre riscos “excepcionais” no próximo ano.

Sob influência dos resultados da concorrente, os papéis da Porsche avançaram 5,31% e tiveram a maior alta porcentual entre os componentes do DAX. A Volkswagen subiu 2,36%. A BMW teve desempenho mais comedido e ganhou 0,75%, também em Frankfurt.

Em Londres, os papéis da Rolls-Royce dispararam 8,29%, na segunda maior alta porcentual do FTSE, atrás apenas da seguradora Beazley (+8,93%).

O Lloyds ganhou 6,21% após o maior banco do Reino Unido relatar nesta quinta-feira lucro antes de impostos de 1,775 bilhão de libras no quarto trimestre de 2023, bem maior do que o ganho de 1,06 bilhão de libras apurado em igual período de 2022.

O resultado superou a expectativa de analistas consultados pelo próprio banco, que previam lucro de 1,65 bilhão de libras entre outubro e dezembro. O Lloyds também anunciou na quinta um programa de recompra de ações de 2 bilhões de libras.

A mineradora Anglo American subiu 3,03%, mesmo após divulgar na quinta-feira que teve lucro líquido de US$ 283 milhões em 2023, 94% menor do que o ganho do ano anterior, em função de baixas contábeis e quedas nos preços de commodities.

Em Madri, o Ibex-35 subiu 0,31%, aos 10.138,90 pontos, impulsionado pela Repsol (+5,45%), Banco de Sabadell (2,32%) e Grifols (2,04%). A Repsol lançará novo plano estratégico com 4,6 bilhões de euros de dividendos em dinheiro até 2027, recompras de ações de 5,4 bilhões de euros e investimentos de até 19 bilhões de euros se o governo eliminar o “imposto”. As ações da Telefónica avançaram 1,85% com os resultados.

O FTSE MIB, de Milão, ganhou 1,06%, fechando aos 32.356,26 pontos. Em Lisboa, o PSI-20 não desfrutou do otimismo e caiu 0,81%, aos 6.199,61 pontos.

As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada na quinta-feira, 22, com a de Tóquio renovando máxima histórica, à medida que ações de tecnologia da região foram impulsionadas por balanço melhor do que o esperado da fabricante de chips americana Nvidia e após novas iniciativas de Pequim para estabilizar os mercados chineses.

No fim da tarde de segunda-feira, a Nvidia, cujo desempenho depende em boa parte de suas atividades na Ásia, superou expectativas de lucro e receita em balanço trimestral.

O índice Nikkei saltou 2,19% em Tóquio, a 39.098,68 pontos, superando o recorde de fechamento anterior, que perdurava desde 1989, enquanto o Hang Seng avançou 1,45% em Hong Kong, a 16 742,95 pontos, o sul-coreano Kospi teve alta de 0,41% em Seul, a 2.664,27 pontos, também após o banco central local (BoK) deixar seu juro básico inalterado em 3,5% pela nova vez seguida, e o Taiex registrou ganho de 0,94% em Taiwan, a 18.852,78 pontos.

No mercado japonês, destacou-se o SoftBank Group (+6%), controlador do desenvolvedor de chips britânico Arm. Já na Coreia do Sul, a fabricante de chips de memória SK Hynix, que fornece chips de inteligência artificial (IA) para a Nvidia, subiu 5%, enquanto a fabricante de equipamentos para embalagem de chips Hanmi Semiconductor avançou 6,7%.

Na China continental, as bolsas ampliaram ganhos recentes após relatos de que Pequim proibiu grandes investidores institucionais de reduzirem participações acionárias na abertura e no fechamento de cada dia de negócios, como parte de uma estratégia para sustentar os mercados acionários domésticos. O Xangai Composto subiu 1,27%, a 2.988,36 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve ganho similar, de 1,29%, a 1 650,10 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, mas conseguiu interromper uma sequência de dois pregões negativos. O S&P/ASX 200 garantiu ligeira alta de 0,04% em Sydney, a 7.611,20 pontos, depois de oscilar dentro de uma margem estreita ao longo da sessão.