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Bolsas da Europa fecham em alta com impulso de Nova York

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,19%, aos 8.253,65 pontos, reduzindo a queda semanal para 0,33%. O CAC 40, de Paris, subiu 0,48%, encerrando em 7.577,89 pontos.

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12 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta com impulso de Nova York
As bolsas europeias acompanharam o clima favorável ao risco visto em Nova York

As bolsas da Europa fecharam a sessão desta sexta-feira, 11, em alta, após melhora das bolsas de Nova York contaminarem positivamente os mercados. Investidores analisavam dados de inflação dos Estados Unidos e da Alemanha e o início da temporada de balanços. Os principais mercados acionários regionais acumularam ainda ganhos na semana, com exceção de Londres.

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,19%, aos 8.253,65 pontos, reduzindo a queda semanal para 0,33%. O CAC 40, de Paris, subiu 0,48%, encerrando em 7.577,89 pontos. Na semana, o índice subiu 0,48%. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 0,85%, a 19.373,83 pontos, acumulando avanço semanal de 1,23%. As cotações são preliminares.

As bolsas europeias acompanharam o clima favorável ao risco visto em Nova York, após a divulgação do índice PPI norte-americano de setembro, que veio abaixo das expectativas.

Os negócios também eram animados por balanços dos bancos norte-americanos, que abriram a temporada do terceiro trimestre com resultados bem recebidos pelos investidores. Já na Europa, o indicador CPI da Alemanha desacelerou para 1,6% em setembro, ante 1,9% em agosto.

Entre os destaques, a Stellantis cedeu 2,77% após anunciar mudanças no corpo diretivo da empresa. Já a BP teve queda de 0,39%. A empresa alertou que margens de refino mais fracas afetarão os lucros do terceiro trimestre. E a Sainsbury’s recuou 5,90% após a Autoridade de Investimento do Catar decidir vender 306 milhões de libras em ações da empresa.

Na França, o aumento de impostos corporativos pode ter um impacto de cerca de 3% nos lucros do CAC 40 já em 2024, diz o Morgan Stanley em análise após divulgação de novas informações sobre o Orçamento que o governo pretende aprovar.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,54%, para os 11 720,00 pontos (subiu 0,52% na semana). O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,68%, a 34.308,01 pontos (subiu 2,13% na semana). Já o PSI 20, de Lisboa, teve alta de 1,04%, aos 6 756,08 pontos (subiu 1,64% na semana). As cotações são preliminares. As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, 11, com as da China amargando robustas perdas em meio às incertezas sobre a adoção de novos estímulos para a segunda maior economia do mundo.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto recuou 2,55%, a 3.217,74 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto sofreu queda ainda maior, de 3,94%, a 1.834,94 pontos. O clima é de cautela antes de uma coletiva de imprensa do Ministério de Finanças chinês, durante a qual poderão ser anunciadas medidas de estímulos adicionais. Uma coletiva anterior de autoridades chinesas realizada esta semana decepcionou, ao não trazer novos incentivos econômicos.

No mês passado, o banco central chinês (PBoC) e outras agências governamentais lançaram um agressivo pacote de resgate, que incluiu cortes de juros e compulsório bancário, além de mais ajuda para o problemático setor imobiliário do país.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei subiu 0,57% em Tóquio, a 39.605,80 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 0,09% em Seul, a 2.596,91 pontos, embora o Banco da Coreia (BoK) tenha anunciado seu primeiro corte de juros em mais de quatro anos, e o Taiex avançou 1,07% em Taiwan, a 22.901,64 pontos, na volta de um feriado. Em Hong Kong, não houve pregão devido a um feriado.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, pressionada por ações de produtoras de minério de ferro como Rio Tinto e BHP O S&P/ASX 200 cedeu 0,10% em Sydney, a 8.214,50 pontos, interrompendo uma sequência de duas sessões positivas.