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Bolsas da Europa fecham em alta, com dados dos BCs

Os mercados acionários da Europa fecharam em alta, na quarta-feira, 3, com recuperação após perdas da véspera.

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04 de julho de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta, com dados dos BCs
O setor financeiro, com Itaú PN e Unit do Santander Brasil subindo mais de 2%, e a Petrobras (ON +1,81% e PN +1,75%) foram destaques positivos na quarta-feira.

Os mercados acionários da Europa fecharam em alta, na quarta-feira, 3, com recuperação após perdas da véspera. Investidores monitoraram dados na região e também nos Estados Unidos, bem como seus potenciais impactos para os principais bancos centrais e o quadro político. Entre setores, mineradoras se saíram bem em Londres, em jornada de ganhos para o cobre.

Na agenda local, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da zona do euro caiu de 53,2 em maio a 52,8 em junho, na mínima em três meses, segundo a S&P Global e o Hamburg Commercial Bank. O PMI composto da região caiu de 52,2 a 50,9 na mesma comparação. Já o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro teve baixa de 4,2% em maio, na comparação anual, quando se esperava queda de 4,3%. Para a Oxford Economics, os PMIs sugerem recuperação “irregular e desigual”, com indicadores antecedentes apontando para “alguns riscos de baixa” para o crescimento recente.

No Reino Unido, o PMI de serviços foi de 51,9 em maio a 52,1 em junho, mas ficou acima da preliminar e da projeção dos analistas ouvidos pela FactSet, ambas em 51,2. No país, há expectativa também por eleição legislativa na quinta-feira, com o Partido Trabalhista, atualmente na oposição, como favorito Na região, há foco também no processo eleitoral para o Legislativo da França, que terá segundo turno neste domingo, com outras forças se unindo para tentar reduzir a presença da extrema-direita no próximo Parlamento.

Nos Estados Unidos, os dados apontaram para desaceleração no crescimento e na inflação. No monitoramento do CME Group, crescia a chance de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cortar juros até setembro, e o relaxamento monetário no país tende a ser positivo também para a tomada de risco nos mercados acionários europeus. Na própria região, o Banco Central Europeu (BCE) encerrou um fórum na cidade portuguesa de Sintra, mas não trouxe novidades em sua comunicação.

A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,61%, em 8.171,12 pontos, com BHP Group avançando 3,53% e Antofagasta, 3,22%, apoiadas pelos ganhos do cobre. Frankfurt avançou 1,19%, em 18.379,94 pontos, e Paris subiu 1,24%, a 7.632,08 pontos. Milão registrou alta de 1,09%, a 33.844,95 pontos, e Lisboa subiu 1,14%, a 6 664,88 pontos, enquanto Madri teve alta de 1,32%, a 11.056,80 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única na quarta-feira, 3, com a maioria delas impulsionadas por novas máximas históricas em Wall Street e as chinesas pressionadas por dados fracos de atividade de serviços.

O índice japonês Nikkei subiu 1,26% em Tóquio, a 40.580,76 pontos, enquanto o Hang Seng avançou 1,18% em Hong Kong, a 17 978,57 pontos, o Taiex registrou ganho de 1,28% em Taiwan, a 23 172,43 pontos, e o sul-coreano Kospi garantiu alta de 0,47% em Seul, a 2.794,01 pontos.

Na terça-feira, as bolsas de Nova York tiveram ganhos generalizados, com novos recordes dos índices Nasdaq e S&P 500, à medida que a ação da Tesla saltou mais de 10% após a montadoras de veículos elétricos de Elon Musk divulgar vendas trimestrais acima do esperado.

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após pesquisa da S&P Global/Caixin mostrar que o PMI de serviços chinês caiu para 51,2 em junho, vindo abaixo das expectativas e atingindo o menor nível em oito meses. O índice Xangai Composto recuou 0,49%, a 2.982,38 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa de 0,78%, a 1.608,06 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom majoritariamente positivo da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,28% em Sydney, a 7 739,90 pontos, depois de recuar nos dois pregões anteriores.