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Bolsas da Europa fecham em alta após BCE cortar juros

Os papéis de tecnologia apareceram em destaque após o salto de 8% da Nvidia na véspera, após o CEO apresentar tom otimista em relação à demanda por chips de inteligência artificial.

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12 de setembro de 2024
Bolsas da Europa fecham em alta após BCE cortar juros
Foto: Reuters

As bolsas da Europa fecharam a sessão de quinta-feira, 12, com ganhos, suportadas primordialmente pelos setores de tecnologia, financeiro e commodities. Não obstante, os ativos chegaram a perder algum fôlego depois da decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) e da entrevista coletiva da presidente da autarquia, Christine Lagarde.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,57%, aos 8.240,97 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 0,52%, encerrando em 7.435,07 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 1,03%, a 18.518,39 pontos. As cotações são preliminares.

Os mercados acionários europeus apresentaram dinâmica positiva desde os primeiros negócios, à espera da decisão do BCE, enquanto setores relevantes se aproveitavam de noticiário micro favorável. Os papéis de tecnologia apareceram em destaque após o salto de 8% da Nvidia na véspera, após o CEO da empresa apresentar tom otimista em relação à demanda por chips de inteligência artificial. O subíndice de techs do Stoxx 600 avançou 2,04%, a 787,01 pontos.

Já exportadoras de commodities como Shell e Rio Tinto subiram 1,08% e 1,94%, respectivamente, conforme petróleo e minério de ferro se recuperavam na sessão. E, entre os bancos, HSBC subiu 1%, Barclays teve ganhos de 1,6% e, na Alemanha, Deutsche Bank avançou 1,75%, apoiados por afrouxamento de regras de capital no Reino Unido.

Investidores não deram peso, inclusive, à fala da presidente do Conselho de Supervisão Bancária do BCE, Claudia Buch, que defendeu que sugestões para flexibilizar a regulamentação e a supervisão bancária para promover o crescimento são “equivocadas e podem ter efeitos negativos”.

Ainda no setor, Commerzbank subiu mais 2,15% conforme fusão com o italiano UniCredit segue no radar.
Já o Ibex 35, de Madri, subiu 1,08%, para os 11.400,20 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,84%, a 33.453,78 pontos. O PSI 20, de Lisboa, subiu 0,18%, aos 6.792,47 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta na quinta-feira, 12, à medida que o salto de 8% da Nvidia em Nova York na véspera inspirou fortes ganhos de ações de tecnologia e turbinou Tóquio, Seul e Taiwan. Os mercados da China continental, no entanto, terminaram o pregão no vermelho, em meio a persistentes incertezas quanto à segunda maior economia do planeta.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, apresentou um tom otimista sobre a indústria de semicondutores em conferência na Califórnia. O executivo afirmou que a demanda por chips de inteligência artificial está tão em alta que os consumidores ficam frustrados quando não são os primeiros a obtê-los.

Os comentários impulsionaram os papéis da empresa em Wall Street, em um movimento que se espraiou para o restante do setor e teve repercussões globalmente. Em Taiwan, a rival Taiwan Semiconductor Manufacturing (TSMC) subiu 4,79% e contribuiu para o avanço de 2,96% do índice Taiex, que encerrou a sessão aos 21 653,25 pontos.

O impulso também levou os principais índices de Seul e Tóquio a encerrarem uma sequência de sete dias consecutivos de perdas. O japonês Nikkei subiu 3,41%, a 36.833,27 pontos, com grandes exportadoras ajudadas pelo enfraquecimento do iene. Já o sul-coreano Kospi avançou 2,34%, a 2.572,09 pontos, na máxima intraday, sob apoio da fabricante de chips de memória SK Hynix (+7,38%) e Samsung Electronics (+2,16%).

Na China, contudo, o Xangai Composto recuou 0,17%, a 2.717,12 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto cedeu 0,48%, a 1.492,33 pontos. O índice de blue chips CSI 300 cedeu 0,43%, a 3.172,47 pontos, e fechou no menor nível desde janeiro de 2019.

Na contramão, o Hang Seng, de Hong Kong, ganhou 0,77%, a 17.240,39 pontos. Os papéis de biotecnologia continuaram se recuperando após terem despencado na terça-feira, após a aprovação de legislação na Câmara dos EUA que prevê o veto a algumas empresas do setor. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, computou incremento de 1,10%, a 8.075,70 pontos.