Mundo
Mineradoras

Bolsas da Europa fecham em alta

As mineradoras também deram uma ajuda ao movimento diante do avanço dos preços dos metais básicos.

Compartilhe:
17 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em alta

As principais bolsas da Europa fecharam a sexta-feira, 16, em alta pela terceira sessão consecutiva, com o mercado de Londres em destaque após dados acima do esperado de vendas do varejo britânico em janeiro. O ímpeto contou com a contribuição do NatWest, após o banco anunciar resultado acima das projeções.

As mineradoras também deram uma ajuda ao movimento diante do avanço dos preços dos metais básicos. As bolsas da região conseguiram resistir ao impacto negativo do índice de preços aos produtos nos Estados Unidos, que foi pior do que o esperado.

Em Londres, o FTSE 100 fechou em alta de 1,50%, aos 7.711,71 pontos. As vendas no varejo do Reino Unido deram um salto mensal de 3,4% em janeiro, superando de longe a expectativa de analistas e alimentando esperanças de que a economia britânica volte a se recuperar depois de entrar em recessão técnica, no fim do ano passado.

Os papéis do Natwest responderam pela maior alta porcentual do FTSE 100, subindo 7,09%, após o banco anunciar lucro operacional antes de impostos de 1,26 bilhão de libras no quarto trimestre de 2023, menor do que o ganho de 1,43 bilhão de libras apurado em igual período de 2022.

O resultado superou as expectativas de analistas consultados pelo próprio banco, que esperavam lucro de 1,02 bilhão de libras.

A receita também superou a previsão. “A carteira de empréstimos para indivíduos e empresas teve um bom resultado, sem sinal de estresse”, segundo o chefe para o setor financeiro do CreditSights, Simon Adamson.

Entre as mineradoras e empresas ligadas a commodities, a Antofagasta avançou 5,65%. A Rio Tinto ganhou 3,51% e a Glencore, 2,17%.

Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,42%, aos 17.117,44 pontos. E o CAC-40, referencial da Bolsa de Paris, ganhou 0,32%, para encerrar aos 7.768,18 pontos. Os dados são preliminares.

Na Bolsa da Suíça, as ações da Temenos caíram 4,34%, prolongando o tombo de 28% da quinta-feira.  A empresa suíça de software disse que seu conselho de administração “refutou fundamentalmente” um relatório da Hindenburg Research.

O relatório da empresa de pesquisa de investimentos disse que identificou “indícios de lucros manipulados e grandes irregularidades contábeis” na Temenos.

Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,12%, a 31.732,39 pontos; em Lisboa, o PSI 20 teve alta de 1,19%, a 6.199,81 pontos; em Madri, o IBEX35 caiu 0,45%, a 9.882,70. Todas as cotações são preliminares.

As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta na sexta-feira, 16, após Wall Street acumular ganhos pelo segundo dia seguido, com a de Hong Kong liderando ganhos e a do Japão se aproximando de nova máxima histórica.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng saltou 2,48%, a 16.339,96 pontos, impulsionado por ações de tecnologia. Já em Tóquio, o japonês Nikkei subiu 0,86%, a 38.487,24 pontos, atingindo o maior nível em 34 anos, depois de chegar a 38.865,06 pontos durante o pregão, a menos de 100 pontos de estabelecer novo recorde. Em Seul, o sul-coreano Kospi avançou 1,34%, a 2.648,76 pontos, com a ajuda de ações financeiras e dos setores automotivo e de baterias.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com alta de 0,69% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.658,30 pontos. Exceção na região asiática, o Taiex caiu 0,20% em Taiwan, a 18 607,25 pontos.

O desempenho positivo de Wall Street mais uma vez contribuiu para o apetite por risco na Ásia e no Pacífico. Na quinta-feira, as bolsas de Nova York avançaram pela segunda sessão consecutiva, com o S&P 500 renovando máxima de fechamento, depois de amargarem robustas perdas na terça-feira (13), quando dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA vieram acima do esperado.

Na China continental, os mercados retomam os negócios na segunda-feira (19), depois de ficarem inativas por de mais de uma semana por ocasião do feriado do ano novo lunar.