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BNDES reduz em até 60% remuneração para operações de exportação

O orçamento adicional disponibilizado para operações nessa modalidade é de R$ 2 bilhões. A redução no spread está limitada a R$ 150 milhões por operação.

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22 de fevereiro de 2024
Vinicius Palermo
BNDES reduz em até 60% remuneração para operações de exportação
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reduziu em até 60% a sua remuneração (spread) em operações da linha BNDES Exim Pré-embarque para exportações. A redução no spread estará disponível a partir de quinta-feira, 22, informou o banco em nota.

O orçamento adicional disponibilizado para operações nessa modalidade é de R$ 2 bilhões. A redução no spread está limitada a R$ 150 milhões por operação. Para a exportação de máquinas eficientes, a remuneração cobrada pelo BNDES nas operações será de 0,50% ao ano até o limite de R$ 150 milhões, e de 0,90% ao ano no que exceder esse valor.

Já para os demais bens, a remuneração do BNDES será de 0,60% (no caso de máquinas 4.0 e bens de baixa emissão de carbono ou mobilidade em baixo carbono) e de 0,80% para demais produtos, também limitada ao valor de R$ 150 milhões por operação. Acima desse valor, o spread é de 1,30% ao ano.

A remuneração do BNDES (spread) é um dos componentes da taxa de juros dos financiamentos, que se soma ao custo financeiro da operação e, no caso de operações indiretas, às taxas dos agentes financeiros.
Em 2023, o BNDES realizou a mesma operação de redução nas taxas na sua linha de apoio à exportação na modalidade pré-embarque.

O BNDES Exim Pré-embarque é um produto criado para apoiar empresas brasileiras na produção de bens destinados à exportação Os recursos são recebidos pelo cliente no Brasil, vinculados ao compromisso de comprovar a exportação dos produtos posteriormente. A amortização do financiamento é feita diretamente com o agente financeiro repassador ou com o próprio BNDES.

Em 2023, toda a linha BNDES Exim Pré-embarque alcançou R$ 4,5 bilhões. Foram 55 operações aprovadas contra 35 operações nos quatro anos anteriores, 2019 a 2022. Já os desembolsos somaram R$ 5,9 bilhões no ano, valor 79% superior ao total realizado nos quatro anos anteriores.

O BNDES encerrou 2023 com R$ 13,5 bilhões em operações aprovadas de apoio à exportação, um aumento de 176% em relação a 2022, informou o banco nesta quinta-feira, 22. Os desembolsos somaram R$ 8,7 bilhões, registrando crescimento de 168% na comparação com o ano anterior.

“Os resultados mostram uma retomada do papel do Banco no financiamento às exportações de empresas brasileiras, contribuindo para sua competitividade e inserção internacional”, disse o BNDES em nota.

Na linha BNDES Exim Pré-embarque, por meio da qual o Banco financia a produção de bens de empresas brasileiras destinados à exportação, o valor aprovado em 2023 alcançou R$ 4,5 bilhões. Foram 55 operações aprovadas em 2023 contra 35 operações nos quatro anos anteriores, entre 2019 e 2022. No ano foram desembolsados R$ 5,9 bilhões, valor 79% superior ao total realizado nos quatro anos anteriores.

“Voltamos a apoiar de forma estruturada as exportações das empresas brasileiras, permitindo que produtos os mais variados cheguem ao mercado internacional em condições competitivas”, ressaltou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Ampliar o comércio exterior brasileiro, sobretudo de itens de maior valor agregado, é uma prioridade da nova política industrial do governo do presidente Lula e um passo fundamental para o desenvolvimento das empresas brasileiras”, complementou.

Ao todo, foram 51 grupos econômicos apoiados, que representam cinco das seis missões industriais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). Desses grupos, 18 tiveram suas exportações financiadas na linha pela primeira vez.

Os financiamentos contemplaram companhias como o Grupo Weg, líder mundial no setor de equipamentos eletroeletrônicos, a Engrecon S/A, do segmento de autopeças, e a Doremus, que produz insumos para a indústria alimentícia.

Já na modalidade pós-embarque, que financia a exportação de bens fabricados no Brasil, foram R$ 8,8 bilhões aprovados em 2023, um incremento de 546% com relação a 2022, e R$ 2,5 bilhões desembolsados, aumento de 13% sobre o ano anterior.

Os principais setores atendidos foram o de aeronaves, em operações de exportação de aviões da Embraer, e o de cutelaria, associado à operação da Tramontina.