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Bitcoin avança e atinge US$ 45 mil, com otimismo por aprovação de ETF

Como resultado, a cotação da principal criptomoeda atingiu US$ 45 mil, chegando na máxima em nove meses, e analistas veem espaço para continuidade nos ganhos.

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02 de janeiro de 2024
Vinicius Palermo
Bitcoin avança e atinge US$ 45 mil, com otimismo por aprovação de ETF
Por volta das 17h15 (de Brasília), o bitcoin subia 3,18%, a US$ 42.048,99 (R$ 221.527,19)

Bitcoin eethereum seguiram seu rali no começo de 2024, avançando nos primeiros dias do ano com notícias sobre a provável aprovação dos fundos negociados em bolsa (ETF) de bitcoin à vista pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês).

Como resultado, a cotação da principal criptomoeda atingiu US$ 45 mil, chegando na máxima em nove meses, e analistas veem espaço para continuidade nos ganhos.

Por volta das 17h15 (de Brasília), o bitcoin subia 3,18%, a US$ 42.048,99 (R$ 221.527,19) e o ethereum avançava 1,25%, a US$ 2.376,62 (R$ 11.666,69), segundo a Coinbase.

A expectativa é de que a aprovação do ETF deverá trazer bilhões para o mercado de criptomoedas. A Reuters, citando fontes familiarizadas com o assunto, informou que a SEC pode notificar potenciais emissores já na terça ou quarta-feira de que eles serão autorizados a lançar os ETFs de bitcoin na semana seguinte.

Para o analista da Oanda Craig Erlam, é um início de ano decente para o bitcoin, com alta de mais de 6% nos primeiros dias. “A comunidade cripto provavelmente sentirá que há muito o que esperar neste ano, sem mencionar que deve haver muito menos controvérsia do que em 2023. Se os primeiros dois dias do ano servirem de referência, pode não demorar muito até que as pessoas estejam debatendo sobre recordes históricos e além”, avalia.

Alguns analistas estimam que a aprovação de ETFs poderia ajudar a trazer outros US$ 600 bilhões para fundos criptográficos nos próximos cinco anos. No entanto, os analistas também preveem que a aprovação será um momento de “venda de notícias” para o próprio bitcoin, após uma forte alta nos últimos 12 meses.

Já os contratos futuros de petróleo chegaram a subir cerca de 2% na terça-feira, 2, apoiados pela cautela com o quadro geopolítico, em meio a ataques de rebeldes houthis no Mar Vermelho. O movimento, porém, não se sustentou, com o dólar forte e um quadro em geral de cautela nos mercados pressionando a commodity, que terminou com perdas.

O WTI para fevereiro fechou em queda de 1,77% (US$ 1,27), para US$ 70,38 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março caiu 1,49% (US$ 1,15), a US$ 75,89 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Dificuldades na rota da commodity pelo Mar Vermelho continuam como foco, em meio a ataques de rebeldes houthis que, segundo os Estados Unidos, teriam apoio do Irã. A Maersk estendeu uma pausa no tráfego de seus navios na região após um episódio de ataque ocorrido no fim de semana contra uma embarcação da empresa, enquanto Washington tem afirmado que reforçará patrulhas na região.

No setor, foi reportado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) planeja uma reunião de monitoramento do mercado no início de fevereiro, mas não está claro se pode haver em breve mais ajustes na oferta do cartel. Hoje, o avanço dos juros dos Treasuries pressionou o apetite por risco em geral.

Na agenda de indicadores do dia, dados modestos publicados na terça-feira relativos à indústria da zona do euro, do Reino Unido e dos Estados Unidos confirmaram a perspectiva recente de que não haverá grande retomada nesse setor, com consequências para a demanda pelo óleo.