Edição do Dia
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter sua taxa básica de juros, em 5,25%, após concluir reunião de política monetária na quinta-feira, 21. Segundo a ata do BoE, cinco de seus dirigentes de política monetária votaram pela manutenção do juro básico.
As demais quatro autoridades do BC inglês defenderam nova alta de 25 pontos-base da taxa, para 5,5%. A decisão foi descrita como “finamente equilibrada”.
O comitê de política monetária do BoE também aprovou, por unanimidade, a redução do estoque de bônus do governo (Gilts) em poder do BC inglês em 100 bilhões de libras nos próximos 12 meses, para um total de 658 bilhões de libras.
O BoE prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido irá crescer “apenas levemente” no terceiro trimestre de 2023 e que a expansão subjacente no segundo semestre deste ano provavelmente será mais fraca do que o esperado.
Também na ata, o BoE avalia que há crescentes sinais de algum impacto do aperto da política monetária no mercado de trabalho e no ímpeto da economia real de forma mais ampla.
O Banco da Inglaterra disse que sua política monetária precisará ficar “suficientemente restritiva por um período suficientemente longo” para que a inflação do Reino Unido retorne à meta oficial de 2%. O BoE também reiterou que novo aperto monetário será necessário se houver sinais de “mais pressões inflacionárias persistentes”. Segundo os dados mais recentes, de agosto, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) britânico está em 6,7%.
O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, afirmou que os juros serão mantidos em nível elevado “por tempo suficiente até que a tarefa esteja concluída”, referindo-se à meta de 2% de inflação. Em declaração no X (ex-Twitter) após a decisão de mais cedo, o dirigente enfatizou: “Seja o que acontecer, faremos o necessário para que a inflação retorne ao normal.”
Bailey lembrou que na quinta-feira o BoE manteve os juros pela primeira vez em quase dois anos. “A inflação está caindo, e esperamos que ela recue ainda mais neste ano. Esta é uma notícia bem-vinda”, afirmou.
Para Bailey, as elevações anteriores nos juros “estão funcionando”. O dirigente, contudo, complementou: “Mas é preciso deixar claro que a inflação não está onde precisa estar e não há absolutamente espaço para complacência.” O presidente do BoE disse ainda que os dirigentes irão avaliar atentamente se mais altas nos juros serão necessárias.
