O diretor geral da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA, na sigla em inglês), Rafael Grossi, informou que a usina nuclear de Zaporizhzhya, na Ucrânia, “perdeu toda a sua energia quando sua linha de 750 kilovolts foi desconectada”, por volta das 5 da manhã no horário local. A instalação agora é abastecida somente por sua linha reserva de 330 kilovolts, que está em pleno reparo desde que foi danificada há alguns dias, segundo ele. A perda de energia foi uma consequência do mais recente bombardeio da Rússia a Ucrânia.
Durante a sessão de quinta-feira, 9, do Conselho de Dirigentes da IAEA, Grossi afirmou que as usinas nucleares localizadas ao sul da Ucrânia também relataram perda de linhas no momento do ataque, porém disse que ainda há o suficiente para providenciar energia a Zaporizhzhya – a maior usina nuclear da Europa – se necessário.
Em tom de urgência, o diretor geral pediu por “ação” e que o órgão deve se “comprometer com a segurança da usina. E precisamos nos comprometer agora”. “Isso não pode continuar”, ressaltou Grossi.
A União Europeia (UE) planeja gastar pelo menos US$ 1,1 bilhão em munições para a Ucrânia e reconstruir os estoques dos países membros, depois de um ano apoiando a guerra de Kiev contra a Rússia.
Os ministros da Defesa da UE, que se reuniram com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, em Estocolmo na quarta-feira, 8, disseram que proporiam dar à Ucrânia mais munição dos estoques dos membros da UE e usar o financiamento do bloco para ajudar a reabastecer esses suprimentos.
“Estamos em tempos de guerra e temos que ter, lamento dizer, uma mentalidade de guerra”, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell. Ele disse que os ministros proporiam gastar 1 bilhão de euros, equivalente a cerca de US$ 1,1 bilhão, em munição quando os líderes nacionais se reunirem em uma cúpula no final deste mês.
Os esforços da UE terão como objetivo fazer com que os países usem seus estoques de projéteis de 155 mm, a munição de artilharia padrão da Otan, para a Ucrânia, ao mesmo tempo em que aumentam a capacidade industrial da região para substituir esses projéteis.
Stoltenberg elogiou os esforços dos membros da UE e da Otan para aumentar a produção de armas, mas disse que os suprimentos para a Ucrânia esgotaram os estoques. “É claro que, a longo prazo, isso não é sustentável”, disse.