Mundo
Programa nuclear

Arábia Saudita pode reconhecer Israel em troca de concessões

Os oficiais têm otimismo, com cautela, de que, nos próximos nove a doze meses, eles consigam definir os detalhes do que poderia ser o acordo de paz mais importante do Oriente Médio.

Compartilhe:
10 de agosto de 2023
Vinicius Palermo
Arábia Saudita pode reconhecer Israel em troca de concessões
Mohammed bin Salman

A Arábia Saudita e os Estados Unidos concordaram em partes de um amplo acordo para que o país árabe reconheça Israel, em troca de concessões para os palestinos, garantias de segurança dos EUA e ajuda nuclear civil, afirmam oficiais americanos.

Os oficiais têm otimismo, com cautela, de que, nos próximos nove a doze meses, eles consigam definir os detalhes do que poderia ser o acordo de paz mais importante do Oriente Médio.

Os esforços para o acordo começaram depois que o príncipe saudita Mohammed bin Salman se encontrou com o conselheiro de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan. Agora, as negociações passaram a discutir os detalhes, incluindo atender aos pedidos sauditas de que os EUA os ajudem a desenvolver um programa nuclear civil e ofereçam garantias de segurança blindadas.

Os sauditas também estão buscando concessões significativas de Israel que ajudariam a promover a criação de um estado palestino. Em troca, os EUA estão pressionando a Arábia Saudita a impor limites ao seu crescente relacionamento com a China.

As autoridades disseram que os EUA poderiam buscar garantias da Arábia Saudita de que não permitiriam que a China construísse bases militares no país – uma questão que se tornou um ponto delicado entre o governo Biden e os Emirados Árabes Unidos.

Os negociadores também podem buscar limitações à Arábia Saudita usando tecnologia desenvolvida pela Huawei da China e garantias de que o país usará dólares, não yuans, para precificar as vendas de petróleo, disseram eles. Espera-se que os EUA também procurem maneiras de acabar com a disputa sobre os preços do petróleo impulsionados pelos repetidos cortes de produção da Arábia Saudita.

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram 5,851 milhões de barris na semana encerrada no dia 4 de agosto, a 445,622 milhões de barris. O valor é muito superior à alta de 1,3 milhão de barris prevista pelos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Os estoques de gasolina caíram 2,66 milhões de barris, a 216,42 milhões de barris, ante expectativa de baixa de 300 mil barris. Já os estoques de destilados recuaram 1,706 mil barris, a 115,447 milhões de barris, quando se esperava alta de 200 mil barris.

A taxa de utilização das refinarias nos EUA subiu de 92,7% na semana anterior a 93,8% na mais recente, segundo o DoE. A previsão era de 93%.

Já os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing subiram 159 mil, a 34,639 milhões de barris. A produção média diária de petróleo no país subiu de 12,2 milhões para 12,6 milhões na semana mais recente.