Edição do Dia
A American Express registrou lucro líquido de US$ 1,816 bilhão, no primeiro trimestre, uma queda de 13% em comparação com o lucro de US$ 2,099 bilhões de igual período do ano passado.
O lucro por ação diluído ficou em US$ 2,40, de US$ 2,73 anteriormente, abaixo da previsão de US$ 2,66 dos analistas ouvidos pelo FactSet. Após o balanço, a ação da companhia recuava 1,10%, às 8h07 (de Brasília), no pré-mercado em Nova York.
A receita da companhia americana de cartões foi de US$ 14,281 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 22% na comparação anual. Já os volumes totais de rede vieram em US$ 398,9 bilhões, avanço de 14% na mesma base de comparação.
O presidente do conselho e diretor executivo, Stephen J. Squeri, disse que os resultados do primeiro trimestre refletem um forte crescimento nos gastos dos associados do cartão e um alto envolvimento contínuo com os produtos premium, acompanhando a orientação para o ano de 2023 que fornecemos em janeiro, que estamos reafirmando para um crescimento de receita de 15% a 17% e ganhos por ação de US$ 11,00 a US$ 11,40.
A receita cresceu 22% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde trimestral, já que os gastos dos membros do cartão aumentaram 16% com base no ajuste cambial. Os gastos com viagens e entretenimento foram particularmente robustos, crescendo 39% em uma base ajustada ao câmbio e, em março, houve um recorde nas reservas feitas na plataforma de restaurantes Resy.
“Também vimos uma aceleração nos gastos em nosso segmento de Serviços de Cartões Internacionais, que aumentou 29% em uma base ajustada ao câmbio. Os gastos com Bens e Serviços em todo o mundo cresceram 9% em uma base ajustada ao câmbio.”
Squeri disse que a empresa adquiriu 3,4 milhões de novos cartões durante o trimestre, com vendas nos EUA. As aquisições de contas conjuntas Business Platinum e Delta atingiram níveis recordes. A demanda dos consumidores da geração do milênio e da geração Z continua alimentando esse crescimento, respondendo por mais de 60% de todas as novas aquisições de contas de consumidores no trimestre.
Os clientes da geração do milênio e da geração Z também continuaram sendo os clientes de crescimento mais rápido nos EUA.
“Nossos clientes têm resistido até agora diante de um crescimento macroeconômico mais lento, inflação elevada e taxas de juros mais altas, com o desempenho de crédito permanecendo o melhor da categoria. Dito isso, estamos atentos aos sinais mistos no ambiente externo. Com base em nosso desempenho até o momento e no momento que vemos em nossos negócios, continuamos confiantes em nossa capacidade de alcançar nossas aspirações de plano de crescimento de longo prazo”.
As receitas totais consolidadas do primeiro trimestre, líquidas de despesas com juros, foram de US$ 14,3 bilhões, um aumento de 22% em relação aos US$ 11,7 bilhões do ano anterior. O aumento foi impulsionado principalmente pelos gastos dos Membros do Cartão, bem como pela maior receita líquida de juros, refletindo o maior volume médio de empréstimos.
As provisões consolidadas para perdas de crédito foram de US$ 1,1 bilhão, refletindo maiores baixas líquidas e uma reserva acumulada de US$ 320 milhões. As provisões consolidadas para perdas de crédito no ano anterior se beneficiaram significativamente da liberação de reservas devido à pandemia. As métricas de crédito permaneceram fortes no trimestre atual.
As despesas consolidadas foram de US$ 11,1 bilhões, 22% acima dos US$ 9,1 bilhões do ano anterior. O aumento refletiu principalmente os custos mais altos de envolvimento do cliente, impulsionados por maiores volumes de rede e maior uso de benefícios relacionados a viagens. As despesas operacionais também aumentaram, refletindo principalmente custos de remuneração mais altos e uma perda nos investimentos da Amex Ventures de US$ 95 milhões.
A alíquota efetiva consolidada foi de 16,2%, abaixo dos 22,6% do ano anterior, refletindo principalmente os benefícios fiscais discretos relacionados à resolução de itens fiscais do ano anterior no trimestre atual.
