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Subvenções

Ambev registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões

A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 3,817 bilhões, leve queda de 0,6% ante o mesmo período de 2023.

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09 de maio de 2024
Vinicius Palermo
Ambev registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,534 bilhões, alta de 1,4% ante o primeiro trimestre de 2023 e de 12,4% no conceito orgânico.

A Ambev registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2024, montante 0,04% menor do que o apurado um ano antes. A empresa também divulgou lucro líquido ajustado, de R$ 3,817 bilhões, leve queda de 0,6% ante o mesmo período de 2023.

A queda ocorreu “principalmente devido à menor dedutibilidade fiscal do JCP e das subvenções governamentais relativas aos impostos sobre vendas no Brasil e ao impacto da desvalorização cambial da Argentina, mais do que compensando a melhora do resultado financeiro líquido e o crescimento do Ebitda ajustado”.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 6,534 bilhões, alta de 1,4% ante o primeiro trimestre de 2023 e de 12,4% no conceito orgânico.

Segundo a Ambev, o crescimento no Ebitda ajustado foi impulsionado por América Central e Caribe (CAC, +20,4%), Bebidas Não Alcoólicas Brasil (NAB Brasil, +17,7%), Cerveja Brasil (+13,6%) e América Latina Sul (LAS, +8,3%), mas parcialmente compensado pelo Canadá (-0,7%).

Já a receita líquida totalizou R$ 20,276 bilhões, queda de 1,2% em um ano, mas avanço de 4,5% no conceito orgânico. Neste último, o desempenho subiu devido ao crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/HL) de 4,3% na maior parte das unidades de negócios: NAB Brasil (+14,0%), CAC (+8,3%), Cerveja Brasil (+4,5%) e LAS2 (+3,5%), enquanto no Canadá diminuiu em 5,7%, impactada pela queda de volume.

Este foi o nono trimestre consecutivo de crescimento de dois dígitos do EBITDA Ajustado e o sexto trimestre consecutivo de expansão das margens bruta e EBITDA Ajustado. O Brasil liderou o caminho mais uma vez. A execução consistente da estratégia centrada no consumidor resultou em volumes recordes para um primeiro trimestre tanto em cerveja quanto em NAB. Em Cerveja, a Ambev superou a indústria estruturalmente mais saudável (que cresceu um dígito baixo), enquanto os preços médios ao consumidor ficaram ligeiramente acima da inflação.

As marcas premium/super premium e core plus cresceram dois dígitos em volume, enquanto as marcas core cresceram um pouco acima da indústria tradicional. Em NAB, as marcas sem açúcar (diet-light-zero) cresceram mais de 20% pelo nono trimestre consecutivo, lideradas por Guaraná Antarctica Zero e Pepsi Black.

Quanto às operações internacionais, o desempenho de CAC continuou a ser impulsionado pela estratégia comercial da República Dominicana, enquanto as indústrias em declínio na Argentina e no Canadá representaram maiores desafios.

E em termos de desempenho do fluxo de caixa, as atividades operacionais aumentaram quase R$ 1,3 bilhão em relação ao 1T23.

O resultado financeiro líquido nos três primeiros meses deste ano ficou negativo em R$ 405,9 milhões, apresentando uma melhora de R$ 591,9 milhões em relação a igual intervalo de 2023.

Já a Anheuser-Busch InBev (AB InBev), maior cervejaria do mundo, divulgou que obteve lucro líquido de US$ 1,09 bilhão no primeiro trimestre de 2024, menor do que o ganho de US$ 1,64 bilhão apurado em igual período de 2023. O número ficou abaixo do consenso de mercado disponibilizado pela própria empresa, de lucro de US$ 1,17 bilhão.

Na mesma comparação, o lucro líquido subjacente da empresa subiu de US$ 1,31 bilhão para US$ 1,51 bilhão. A receita da AB InBev, controladora da Ambev no Brasil, subiu para US$ 14,55 bilhões no trimestre encerrado em março, de US$ 14,21 bilhões um ano antes.

Já os volumes gerais de vendas caíram para 139,53 milhões de hectolitros no trimestre, ante 140,55 milhões de litros no mesmo intervalo de 2023, uma queda de 0,6%. O consenso dos analistas, porém, previa uma queda maior, de 1,0%.