O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou que o governo alemão irá elevar permanentemente seus gastos com defesa para 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB), com o intuito de não somente se preparar para uma “longa guerra” entre Rússia e Ucrânia, mas também de aumentar a resiliência do país para possíveis futuros conflitos.
Durante a Conferência de Segurança de Munique, Scholz disse que a Alemanha está disposta a continuar os gastos de apoio à Ucrânia “pelo tempo que for necessário”, porém de uma maneira que não aconteça qualquer tipo de escalação da violência do conflito.
O chanceler alemão comentou que espera que os gastos da Alemanha com defesa possam servir de exemplo para toda a União Europeia (UE) e que somente com maior clareza entre todos os países membros que o bloco poderá se tornar mais robusto politicamente. “Não nos tornaremos mais resilientes com ‘desglobalização'”, concluiu Scholz.
O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou também que está pronto para “intensificar o apoio à Ucrânia nas próximas semanas”. Ele não entrou em maiores detalhes, mas ressaltou que “não haverá paz enquanto a questão com a Rússia não seja resolvida”.
Durante painel na Conferência de Segurança de Munique, Macron corroborou o ponto do palestrante anterior, o chanceler da Alemanha, ao concordar com a necessidade de países da União Europeia (UE) se “rearmarem” e aumentarem a produção da indústria armamentista com urgência. “Se queremos paz, precisamos investir em defesa”, disse o presidente francês.
Durante a Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, indicou é necessário que ele e seus aliados acelerem acordos e decisões para conseguir limitar a potência da Rússia.
Em participação via videoconferência, o presidente ucraniano também afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, não deve parar na Ucrânia, podendo também invadir outros países, alertando para a necessidade do apoio contra Moscou. Em discurso, Zelenski também se mostrou otimista com a vitória de seu país, criticando Putin pelos ataques feitos contra civis.