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A Airbus divulgou na quinta-feira (16) que teve lucro líquido de 1,68 bilhão de euros no quarto trimestre de 2022, um pouco maior do que o ganho de 1,58 bilhão de euros observado no mesmo período de 2021. A receita da fabricante de aviões europeia teve expansão anual de 21% entre outubro e dezembro, a 20,64 bilhões de euros.
Já o Ebit ajustado – que é uma medida mais acompanhada por investidores – da Airbus somou 2,15 bilhões de euros no último trimestre de 2022, valor 43% maior do que o de um ano antes.
Os resultados trimestrais superaram as previsões de analistas em um levantamento fornecido pela própria Airbus, de lucro de 1,34 bilhão de euros, receita de 20,44 bilhões de euros e Ebit ajustado de 1,95 bilhão de euros.
A Airbus, que tem sede em Toulouse, na França, disse também que pretende entregar 720 aviões este ano, ante 661 unidades em 2022.
A indústria continuou sua recuperação em 2022, com o aumento do tráfego aéreo. A companhia entregou resultados financeiros sólidos, apesar de um ambiente operacional adverso que impediu que a cadeia de suprimentos se recuperasse no ritmo esperado. A empresa teve que ajustar suas operações, o que levou a entregas de aeronaves comerciais menores do que o planejado originalmente.
“Estamos adaptando nossa produção para atender à oferta “, disse Guillaume Faury, CEO da Airbus. “À medida que avançamos em 2023, estamos focados em nossas atividades industriais e a transformação de longo prazo da companhia. O sólido desempenho financeiro de 2022 e nossa confiança no futuro nos levam a propor um pagamento de dividendos maior este ano.”
Os pedidos brutos de aeronaves comerciais aumentaram para 1.078 (771 aeronaves em 2021), com pedidos líquidos de 820 aeronaves após cancelamentos (507 aeronaves em 2021) correspondendo a uma relação livro-faturamento significativamente acima de 1.
A carteira de pedidos totalizou 7.239 aeronaves comerciais no final de 2022. A Airbus Helicopters registou 362 encomendas líquidas (414 unidades em 2021), com um book-to-bill superior a 1 tanto em unidades como em valor.
Os pedidos de helicópteros foram bem distribuídos entre os programas e incluíram 12 H160s. A entrada de pedidos da Airbus Defence and Space em valor foi de € 13,7 bilhões (€ 13,7 bilhões em 2021), correspondendo a um book-to-bill de cerca de 1,2. Os principais pedidos incluíram o Demonstrator Phase 1B do Future Combat Air System, o sistema aéreo não tripulado Eurodrone e 20 Eurofighters de última geração para a Força Aérea Espanhola.
A Airbus recebeu também a aprovação da iniciativa Science Based Targets (SBTi) para suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa em curto prazo.
Em 2022, a Airbus se comprometeu oficialmente a definir metas com base científica para todo o conjunto de suas emissões e apresentou metas de curto prazo que agora foram avaliadas e validadas de forma independente pelo SBTi.
Como parte desse compromisso, a Airbus pretende reduzir suas emissões industriais de Escopo 1 e Escopo 2 em até 63% até 2030, em linha com o caminho de 1,5°C.
A Companhia também se comprometeu a reduzir em 46% a intensidade das emissões de gases de efeito estufa geradas por suas aeronaves comerciais em serviço (Escopo 3 – Uso do Produto Vendido) até 2035.
Ambas as metas têm como base o ano de 2015 e estão alinhadas com as metas do Acordo de Paris.
Guillaume Faury, CEO da Airbus, disse: “Na Airbus, estamos comprometidos em liderar a descarbonização do setor aeroespacial. A avaliação e validação independentes do SBTi demonstram nossa vontade de definir metas climáticas significativas alinhadas com a ciência. Juntamente com nossos parceiros e clientes, estamos determinados a atingir essas metas e investir em soluções que ajudarão a descarbonizar nossa indústria e garantir que a aviação continue a desempenhar seu precioso papel na sociedade”.
Estabelecido em 2015, a iniciativa Science Based Targets (SBTi) ajuda as empresas a definir metas de redução de emissões de acordo com a ciência do clima e as metas do Acordo de Paris. O SBTi é uma parceria entre o CDP, o Pacto Global das Nações Unidas, o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF). Mais de 4.000 empresas em todo o mundo aderiram à iniciativa desde o seu início.
