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Vendas do varejo subiram 3,8% em janeiro

Na comparação com janeiro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 2,6% em janeiro de 2023.

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12 de abril de 2023
Vinicius Palermo
Vendas do varejo subiram 3,8% em janeiro
Após um avanço de 3,8% no volume vendido em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022, o varejo passou a operar 2,9% abaixo do pico, alcançado em outubro de 2020.

As vendas do comércio varejista subiram 3,8% em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022, na série com ajuste sazonal, informou na quarta-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com janeiro de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 2,6% em janeiro de 2023.

Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 1,7% a avanço de 3,3%, com mediana positiva de 1,5%. Em 12 meses, houve alta de 1,3%.

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 0,2% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. Na comparação com janeiro de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 0,5% em janeiro de 2023.

Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 0,2% a expansão de 4,8%, com mediana positiva de 1,7%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam baixa de 0,5% em 12 meses

Após um avanço de 3,8% no volume vendido em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022, o varejo passou a operar 2,9% abaixo do pico, alcançado em outubro de 2020. Já o varejo ampliado, que cresceu 0,2% em janeiro ante dezembro, está em nível 7,3% aquém do ápice, registrado em agosto de 2012.

O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em dezembro de 2022 ante novembro de 2022, de um recuo de 2,6% para uma queda de 2,8%. No varejo ampliado, a taxa de dezembro ante novembro permaneceu igual ao divulgado anteriormente, mostrando estabilidade (0,0%) .

Sete das oito atividades que integram o comércio varejista registraram expansão nas vendas em janeiro de 2023 ante dezembro de 2022. Na média global, o volume vendido cresceu 3,8%. As altas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (27,9%),

Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (7,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,0%), Combustíveis e lubrificantes (1,5%), Móveis e eletrodomésticos (1,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). Na direção oposta, a única atividade com retração foi Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,2%.

No comércio varejista ampliado – que agora inclui as atividades de veículos, material de construção e atacado alimentício – houve elevação de 0,2% em janeiro ante dezembro. O segmento de Veículos, motos, partes e peças registrou queda de 0,2%, enquanto Material de construção cresceu 2,9%.
Com a reformulação periódica da PMC, o desempenho do varejo ampliado com ajuste sazonal inclui os dados do atacado alimentício, nova atividade investigada. No entanto, ainda não há divulgação de dados individuais para o atacado de produtos alimentícios na série com ajuste sazonal.

O gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, explica que é necessário ter uma série histórica mais longa, de cerca de 60 meses, para ter uma base de dados consistente para as divulgações ajustadas sazonalmente. A coleta de dados do atacado alimentício já está no 13º mês, e a equipe do IBGE fará testes ao longo do tempo sobre essa série histórica para confirmar a robustez e viabilidade das informações para divulgação individual com ajuste sazonal, explicou Santos.

De acordo com o IBGE, seis das oito atividades que integram o varejo registraram avanços em janeiro de 2023 ante janeiro de 2022. Na média global, o comércio varejista teve um crescimento de 2,6%, a sexta taxa positiva consecutiva.

Segundo Cristiano Santos, a sucessão de expansões “é reflexo também de uma base (de comparação) bastante baixa”.

Houve expansão em Combustíveis e lubrificantes (26,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (15,2%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (14,8%), Móveis e eletrodomésticos (3,4%), Tecidos, Vestuário e Calçados (2,3%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,2%).

As duas atividades com retração foram Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-7,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,5%). No varejo ampliado – que agora inclui os segmentos de veículos, material de construção e atacado alimentício -, as vendas cresceram 0,5% em janeiro de 2023 ante janeiro do ano anterior.

O volume vendido por Veículos, motos, partes e peças cresceu 4,4% em relação a janeiro de 2022, Material de Construção teve aumento de 1,1%, mas Atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu 0,9%.
Cristiano Santos explica que o atacarejo caiu enquanto o varejo alimentício subiu porque a receita do varejo cresceu acima da registrada pelo atacarejo. Na disputa comercial entre ambos, todos com promoções, o varejo conseguiu se sair melhor que o atacarejo em janeiro.

“O atacarejo passa a ser a terceira maior força no varejo ampliado em janeiro de 2023”, ressaltou Santos.
Após a reformulação periódica, a Pesquisa Mensal de Comércio divulgada na quarta trouxe o atacarejo com 13,9% de participação no varejo ampliado em janeiro de 2023. Os supermercados estão com 33,0% de participação, e os veículos com 17,2% de participação.