As bolsas da Europa fecharam em queda nesta terça-feira, 29, pressionadas por avanços sequenciais do dólar, dos juros dos Treasuries e das taxas locais, enquanto investidores seguiram analisando resultados corporativos.
O FTSE 100, de Londres, recuou 0,80%, aos 8.219,61 pontos. O CAC 40, de Paris, cedeu 0,61%, encerrando em 7.511,11 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve perdas de 0,25%, a 19.483,22 pontos. As cotações são preliminares.
A elevação recente do dólar e dos rendimentos dos Treasuries, ampliada na sessão desta terça, contaminou os títulos soberanos da zona do euro e diminuiu o apetite por ativos de risco ao longo do dia, mesmo após o índice GfK de confiança do consumidor alemão subir mais do que o previsto. Amanhã, haverá a divulgação do Orçamento do novo governo britânico e investidores analisam a possibilidade de um aumento da carga tributária.
O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse que a instituição manterá todas as opções em aberto em suas próximas reuniões de política monetária.
No noticiário corporativo, HSBC subiu 3,14% em Londres, após lucrar mais do que o esperado e anunciar recompra de ações, enquanto o Santander cedeu 2,77% em Madri, depois de receitas decepcionarem. A petrolífera britânica BP também fez pressão de baixa, com queda de 4,96%, após divulgar lucro trimestral menor e conforme o petróleo segue caindo.
Na Alemanha, notícias sobre greve de trabalhadores em montadoras de carros fez papéis de Porsche, BMW e Mercedes-Benz recuarem 0,39%, 1,63% e 1,17%, respectivamente.
Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, recuou 0,88%, para os 11 799,60 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em baixa de 0,26%, a 34.925,59 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,27%, aos 6 438,64 pontos. As cotações são preliminares.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, 29, com parte delas acompanhando ganhos em Wall Street, em uma semana que será marcada por balanços de gigantes de tecnologia dos EUA.
Liderando ganhos pelo segundo dia seguido, o índice japonês Nikkei subiu 0,77% em Tóquio, a 38.903,58 pontos, ainda favorecido pela fraqueza do iene após o partido do primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, perder a maioria parlamentar na eleição do fim de semana.
Em outras partes da região, o Hang Seng avançou 0,49% em Hong Kong, a 20.701,14 pontos, com destaque para o HSBC (+3,69%), banco britânico com foco na Ásia que lucrou mais que o esperado no terceiro trimestre, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,21% em Seul, a 2.617,80 pontos.
Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no vermelho após balanços decepcionantes do setor energético. O Xangai Composto teve baixa de 1,08%, a 3.286,41 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 1,48%, a 1.972,93 pontos. As ações das petrolíferas Cnooc e Sinopec, que divulgaram queda na receita trimestral, caíram 1% e 3,3%, respectivamente.
Já o Taiex registrou queda de 1,17% em Taiwan, a 22.926,59 pontos, em seu segundo pregão consecutivo de perdas.
O comportamento misto na Ásia veio após as bolsas de Nova York subirem de forma generalizada ontem, à espera de resultados trimestrais de giant techs americanas como Alphabet, Amazon, Apple e Microsoft.
Na Oceania, a bolsa australiana teve desempenho positivo pela terceira sessão seguida, com alta de 0,34% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.249,20 pontos.