País
Sabatina

Boulos reitera que assumiu proposta de Marçal das escolas olímpicas

Boulos atribuiu as causas de sua alta rejeição ao fato dele “tomar lado” e disse que “nunca fica em cima do muro”.

Compartilhe:
25 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Boulos reitera que assumiu proposta de Marçal das escolas olímpicas
O candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL)

O candidato à Prefeitura de São Paulo derrotado no primeiro turno Pablo Marçal (PRTB) questionou o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) em sabatina online se ele estaria “copiando” seu estilo de campanha e suas ideias de divulgação. “Teve uma ideia sua (de Marçal) que eu assumi, das escolas olímpicas”, respondeu o candidato.

“Não tenho problema de ver uma ideia boa do meu adversário. Nunes (o prefeito e seu adversário do MDB) acertou numa ideia, sobre faixa azul para motocicleta”, continuou o parlamentar. “O Centrão se juntou para tentar impedir a mudança, representada pelo 50. Eu defendo a mudança, e quem votou em você (no Marçal), também.”

Entre as perguntas do ex-coach, Boulos atribuiu as causas de sua alta rejeição ao fato dele “tomar lado” e disse que “nunca fica em cima do muro”. Sobre melhorar a cidade sem aumentar impostos, o candidato afirmou que não há “bala de prata”, mas não apresentou propostas que indicassem aumento em sua gestão caso eleito.

O psolista também ressaltou que nunca participou de esquemas de corrupção. “Não fazer corrupção é principal resposta para não mexer no bolso das pessoas”, disse. Não fazer corrupção é principal resposta para não mexer no bolso das pessoas, diz Boulos.

O candidato à Prefeitura de São Paulo explicou, em sabatina com Pablo Marçal (PRTB), como ele fará para aumentar a receita da capital paulista.

Marçal o questionou como aumentar a receita das contas públicas sem aumentar imposto e taxa. “Tenho solução sim. Uma delas é poder garantir que a Prefeitura tenha mais inovação para fazer a cobrança da dívida ativa. Você, hoje, tem mais de R$ 150 bilhões de dívida com a Prefeitura. Tem poucos procuradores da Fazenda fazendo a cobrança dessas dívidas. Dá para implementar métodos, que outras metrópoles do mundo têm, inclusive, com uso de inteligência artificial para poder facilitar a cobrança dessas dívidas sem aumentar R$ 1 de taxa”, explicou Boulos.

Segundo o candidato, o problema da capital é a falta de planejamento. “São Paulo não precisa aumentar imposto. O orçamento é de R$ 112 bilhões. É o maior orçamento da história da cidade. O problema não é falta de dinheiro, é falta de prefeito, falta de planejamento. Se você direcionar melhor o gasto público, você consegue garantir que a política pública seja eficiente na ponta”.

“Não significa aumentar imposto. É uma dívida que já está inscrita, que não cabe ao prefeito que entrar falar que essa dívida não existe mais. É um passivo que já está lá, por determinações legais, e cabe a prefeitura cobrar”, conta Boulos.

Para ele, é importante, também, combater a corrupção na prefeitura. “A terceira coisa, e mais importante, é não desviar dinheiro público. Hoje temos alguém na Prefeitura de São Paulo cheio de suspeitas. Combater a corrupção dentro da Prefeitura é a principal resposta de como fazer o gasto público ir para o lugar certo sem mexer R$ 1 no bolso das pessoas”.

O candidato à Prefeitura de São Paulo criticou a privatização dos cemitérios e as empresas que não prestam um bom serviço para a população em São Paulo.

Ele nega ser “contra” as empresas. “A gente vive em um país capitalista. São Paulo é a cidade mais pujante, economicamente, desse País. Portanto, as empresas têm papel decisivo em um país capitalista para gerar empregos e as pessoas poderem trabalhar. Essa ideia de que eu e a esquerda somos contra empresas, não é verdade”.

O candidato também critica os serviços prestados por empresas privadas na capital, destacando os cemitérios. “O que eu concordo e não admito é que empresas entrem no poder público para poder apenas ter o seu lucro e prestar um serviço muito ruim para a população. Tenho dado exemplo, nesse embate eleitoral, do caso dos cemitérios e serviços funerários aqui em São Paulo. O Ricardo Nunes privatizou os cemitérios e o resultado disso é que as pessoas não conseguem enterrar seus entes queridos”.