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Aversão aos riscos

Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas por dinâmica global

O FTSE 100, de Londres, caiu 0,58%, aos 8.258,64 pontos. O CAC 40, de Paris, recuou 0,50%, encerrando em 7.497,48 pontos.

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24 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas por dinâmica global
O cenário macro global seguiu limitando a performance das bolsas europeias nesta quarta

As bolsas da Europa recuaram nesta quarta-feira, 23, com piora do desempenho no fim do dia sob efeito do recuo das ações de empresas petrolíferas e acompanhando dinâmica de aversão a riscos global por conta da alta dos juros dos títulos do governo dos Estados Unidos. Operadores seguiram analisando falas de membros do Banco Central Europeu (BCE) e a divulgação de balanços corporativos

O FTSE 100, de Londres, caiu 0,58%, aos 8.258,64 pontos. O CAC 40, de Paris, recuou 0,50%, encerrando em 7.497,48 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve perdas de 0,23%, a 19.377,62 pontos. As cotações são preliminares.

O cenário macro global seguiu limitando a performance das bolsas europeias nesta quarta, sobretudo o avanço dos juros dos Treasuries americanos. Mas também na Europa há dúvidas sobre como ocorrerá o ciclo de afrouxamento monetário.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que as preocupações com a inflação ainda não se dissiparam; Christodoulos Patsalides, do BC do Chipre, afirmou, à Bloomberg, que é preciso manter cautela em relação aos riscos de repique nos preços; E o presidente do BC da Áustria, Robert Holzmann, afirmou que os dados atuais não justificam um corte de 50 pontos-base em dezembro. Por outro lado, a autarquia teria iniciado discussões sobre a possibilidade de reduzir as taxas de juros para abaixo do nível neutro.

Entre as ações, destaque para Deutsche Bank, que recuou 0,85%, com imbróglio sobre compra do Postbank no foco, o que ofuscou o balanço trimestral acima das expectativas, mas. Já L’Oreal cedeu 2,49% com números abaixo do consenso. E Heineken subiu 2,62%, diante de resultado que mostrou estabilização depois de período de oscilação, dizem analistas da RBC.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,27%, para os 11 865,20 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,10%, a 34.697,23 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,52%, aos 6 520,58 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 23, um dia após Wall Street também ficar mista e perto da estabilidade.

Liderando ganhos na Ásia, o índice Hang Seng avançou 1,27% em Hong Kong, a 20.760,15 pontos, em meio ao bom desempenho de ações de tecnologia, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 1,12% em Seul, a 2.599,62 pontos, impulsionado por papéis das áreas de semicondutores, baterias e automotiva.

Por outro lado, o Nikkei caiu 0,80%, a 38.104,86 pontos, pressionado por ações financeiras e de maquinário pesado, mas apenas a Tokyo Metro – uma das operadoras de metrô de Tóquio – saltou 45% acima do seu preço de IPO ao estrear no mercado japonês, e o Taiex registrou baixa de 0,85% em Taiwan, a 23 334,76 pontos.

Na China continental, as bolsas estenderam a recente tendência positiva, aparentemente sustentadas ainda por uma série de medidas de estímulos anunciadas por Pequim desde o mês passado. O Xangai Composto subiu 0,52%, a 3.302,80 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve modesta alta de 0,15%, a 1 956,56 pontos.

O comportamento misto da região asiática veio após os mercados acionários de Nova York encerrarem os negócios de ontem praticamente estáveis, com perdas apenas marginais dos índices Dow Jones e S&P 500 e ligeiro avanço do Nasdaq.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul, com ganho de 0,13% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.216,00 pontos.