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Bancada do PP oficializa apoio a Davi Alcolumbre para a presidência do Senado

A bancada de senadores do partido Progressistas oficializou, nesta quarta-feira, 23, apoio à candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado.

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23 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bancada do PP oficializa apoio a Davi Alcolumbre para a presidência do Senado
senador Davi Alcolumbre (União-AP). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A bancada de senadores do partido Progressistas oficializou, nesta quarta-feira, 23, apoio à candidatura do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para a presidência do Senado.

O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), e os senadores Dr. Hiran Gonçalves (PP-RR), Laércio Oliveira (PP-SE) e Castellar Neto (PP-MG) posaram para uma foto ao lado de Alcolumbre, na sede da legenda no Congresso Nacional, para marcar a posição.

Também estava presente o líder da Maioria no Congresso, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). Os parlamentares evitaram responder perguntas aos jornalistas.

Questionado sobre com quais bancadas ele ainda pretende se encontrar, Alcolumbre afirmou: “com quem quiser conversar comigo”. Na rede social X, Ciro Nogueira enalteceu a candidatura do senador do Amapá.

“Acreditamos que Davi Alcolumbre apresenta a experiência e o preparo necessários para fazer uma grande gestão e conduzir o Senado com independência e altivez, de forma que a Casa se fortaleça como palco das grandes decisões do país, priorizando, acima de tudo, o interesse dos brasileiros”, escreveu Ciro Nogueira.

O senador já foi presidente do Senado entre 2019 e 2021 e é um dos mais cotados para suceder Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a partir de 2025. Atualmente, Alcolumbre é presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)  defendeu, numa entrevista ao canal AuriVerde Brasil no YouTube na segunda-feira, 21, o apoio do PL à eventual candidatura de Davi Alcolumbre.

Membros da bancada, no entanto, não gostaram da manifestação antecipada, por entenderem que Bolsonaro “queima um cartucho” antes da hora e prejudica a articulação dos bolsonaristas, que gostariam de negociar o apoio a Alcolumbre antes da eleição.

Bolsonaro defende que o PL não lance uma candidatura própria para não ter de lidar com o ônus de uma eventual derrota, assim como aconteceu com Rogério Marinho (PL-RN) em fevereiro de 2023. Derrotado, o partido acabou apartado dos principais postos de poder na Casa.

“Quando você perde uma eleição para o Senado, você não tem nenhuma vaga na Mesa Diretora e nem nas comissões. Então nós ficamos ali como zumbis dois anos dentro do Senado. E nós sabemos hoje em dia que a eleição do Davi Alcolumbre é 99% certa. Se você lançar uma chapa de novo você fica mais dois anos com água e palitos”, afirmou Bolsonaro na entrevista.

A ideia do ex-presidente é aumentar a bancada do PL até a eleição para poder pleitear a vice-presidência do Senado, cadeira que teria poder para pautar projetos na ausência de Alcolumbre, como a anistia a condenados pelo 8 de Janeiro e ataques à democracia.

“O fato concreto do momento é o Davi Alcolumbre presidente do Senado, quer queira, quer não. Agora, nós queremos ter, por exemplo, a vice-presidência do Senado? Que, na ausência do Alcolumbre, a gente possa botar coisa em pauta que interessa para nós? Vocês sabem o que interessa para nós, é a anistia, entre tantas coisas”, declarou Bolsonaro em seguida.

Parlamentares bolsonaristas, no entanto, reconhecem que o assunto dificilmente deve avançar com a composição atual do Congresso. Mas esperam que a pauta ganhe musculatura se o PL conseguir uma votação expressiva para o Senado na eleição de 2026. Com maioria das cadeiras, a sigla de Bolsonaro seria capaz de confrontar o poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e aprovar processo de impeachment contra membros da Corte.