Coca-Cola teve lucro líquido de US$ 2,85 bilhões no terceiro trimestre

A Coca-Cola teve lucro líquido de US$ 2,85 bilhões no terceiro trimestre de 2024, ou US$ 0,66 por ação, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira, 23. O resultado ficou abaixo do ganho de US$ 3,09 bilhões apurado no mesmo período de 2023.

Com ajustes, a gigante americana do setor de bebidas registrou lucro por ação de US$ 0,77 entre julho e setembro, resultado que ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 0,75.
A receita da Coca-Cola teve queda anual de 1% no trimestre, a US$ 11,85 bilhões, superando o consenso da FactSet, de US$ 11,61 bilhões.

No balanço, a empresa americana também elevou o guidance para o lucro líquido ajustado em 2024, prevendo crescimento de 14% a 15%. A estimativa anterior era de alta de 5% a 6%.

Em reação inicial, a ação da Coca-Cola chegou a subir mais de 1% no pré-mercado em Nova York, antes de inverter o sinal e cair 2,16% às 8h26 (de Brasília).

O CEO da Coca‑Cola, James Quincey, disse que o negócio continua a demonstrar resiliência diante de um ambiente externo dinâmico. “Estamos encorajados pelo nosso desempenho no ano até o momento e pela capacidade do nosso sistema de gerenciar desafios de curto prazo, ao mesmo tempo em que permanecemos focados em oportunidades de crescimento de longo prazo.”

As receitas líquidas caíram 1% para US$ 11,9 bilhões, e as receitas orgânicas (não GAAP) cresceram 9%. O desempenho da receita incluiu um crescimento de 10% no preço/mix e um declínio de 2% nas vendas de concentrado. As vendas de concentrado ficaram 1 ponto atrás do volume de caixa unitária, principalmente devido ao momento das remessas de concentrado.

A margem operacional, que inclui itens que impactam a comparabilidade, foi de 21,2% contra 27,4% no ano anterior, enquanto a margem operacional comparável (não GAAP) foi de 30,7% contra 29,7% no ano anterior. O declínio da margem operacional foi impulsionado por itens que impactaram a comparabilidade, incluindo uma despesa de US$ 919 milhões relacionada à remensuração do passivo de contraprestação contingente ao valor justo em conjunto com a aquisição da fairlife, LLC (“fairlife”) em 2020, bem como ventos contrários da moeda.

A expansão da margem operacional comparável (não GAAP) foi impulsionada principalmente pelo forte crescimento da receita orgânica (não GAAP) e pelo impacto das operações de engarrafamento de refranquia.

O fluxo de caixa das operações e o fluxo de caixa livre (não GAAP) foram de US$ 2,9 bilhões e US$ 1,6 bilhão, respectivamente. Ambos diminuíram em relação ao ano anterior, principalmente devido a um pagamento de US$ 6,0 bilhões feito ao IRS relacionado a litígios fiscais em andamento.

O fluxo de caixa livre excluindo o depósito de litígio fiscal do IRS (não GAAP) foi de US$ 7,6 bilhões, uma redução de US$ 294 milhões em relação ao ano anterior, em grande parte devido a maiores pagamentos de outros impostos, maiores despesas de capital e benefícios de capital de giro cíclico, parcialmente compensados ​​pelo forte desempenho comercial.

Atendendo às necessidades do consumidor com um poderoso portfólio total de bebidas, além da liderança clara dentro do portfólio de espumantes, a empresa está usando suas capacidades de alocação de recursos atualizadas para priorizar marcas em crescimento em todas as categorias que adicionam lucro incremental ao sistema no longo prazo.

As ofertas de água, esportes e chá da empresa consistem em marcas de 12 bilhões de dólares e adicionaram quase US$ 9 bilhões em valor de marca incremental desde 2020. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano demonstraram como o sistema Coca-Cola pode alavancar parcerias para impulsionar o crescimento dos negócios em seu portfólio não espumante para criar conexões e impulsionar o recrutamento.

Durante as cerimônias de abertura e encerramento em Paris, uma garrafa de ouro smartwater de edição especial para atletas rapidamente obteve 42 milhões de impressões e contribuiu para que a smartwater ganhasse volume e participação de valor durante o trimestre. A empresa continuou a promover a plataforma global “Pause is Power” da Powerade, que está gerando resultados positivos.

Fora dos Estados Unidos, a Powerade é a marca líder em bebidas esportivas e, no acumulado do ano, expandiu a distribuição e aumentou a participação de valor por meio de ativações globais do sistema. Em mercados como Europa, Eurásia e Oriente Médio, a plataforma “Made of Fusion” da Fuze Tea levou a um crescimento de valor de varejo no acumulado do ano três vezes mais rápido do que o setor.

Por fim, na América do Norte, a Topo Chico lidera a categoria de água com gás premium em volume e participação de valor. Inovações bem-sucedidas como a Topo Chico Sabores estão atraindo novos consumidores para a marca, levando a um aumento de mais de 20% na penetração doméstica até agora neste ano.

A empresa continua implacavelmente centrada no consumidor e continua a posicionar seu portfólio total de bebidas para atender às necessidades em evolução do consumidor.

A empresa está aproveitando as principais tecnologias digitais – incluindo IA generativa, IA analítica, aprendizado de máquina e outras ferramentas – para impulsionar agilidade, produtividade e inovação. Em parceria com a WPP, a empresa é uma das primeiras a adotar a inovadora tecnologia de IA generativa da NVIDIA, que fornece recursos alimentados por IA para criar anúncios personalizáveis ​​sob demanda e imagens de ponto de venda. Esta plataforma globalmente escalável oferece aos clientes acesso instantâneo a materiais de marketing localmente relevantes que refletem preferências alimentares personalizadas e pontos de paixão, resultando em mensagens mais eficazes ao consumidor, velocidade mais rápida para o mercado e custos mais baixos.