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Inflação menor

Bolsas da Europa fecham sem direção única

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,97%, aos 8.329,07 pontos. O Ibex 35, de Madri, subiu 0,62%, para os 12.004,30 pontos.

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17 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham sem direção única
Investidores estão mais otimistas em relação ao desempenho das ações europeias do que estavam em setembro

As bolsas da Europa fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 16, em sessão sem grande viés global e conforme investidores dividiam atenções entre o cenário macro, na véspera da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e antes de falas da Christine Lagarde, e a temporada de balanços. Londres foi destaque após dados de inflação abaixo das expectativas.

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,97%, aos 8.329,07 pontos. O Ibex 35, de Madri, subiu 0,62%, para os 12.004,30 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,24%, a 34.660,00 pontos. E o PSI 20, de Lisboa, avançou 0,78%, aos 6.749,92 pontos. As cotações são preliminares.

A desaceleração maior do que se previa da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) britânico em setembro, que melhora as chances de o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) voltar a cortar juros em novembro, impulsionou as ações inglesas nesta quarta.

No noticiário corporativo, Antofagasta subiu 1,57% após confirmar sua expectativa para a produção de cobre este ano, após aumento no resultado trimestral. Já a Ryanair afirmou que terá que reduzir suas estimativas de tráfego de passageiros devido a atrasos nas entregas da Boeing.

Investidores estão mais otimistas em relação ao desempenho das ações europeias do que estavam em setembro, mostra a pesquisa de gestores de fundos europeus do Bank of America para outubro. “58% projetam alta líquida nas ações europeias nos próximos doze meses (contra 43% da última pesquisa)”, diz o BofA.

Na ponta negativa, o DAX, referência em Frankfurt, recuou 0,18%, a 19.450,79 pontos, devolvendo ganhos recentes após renovar máximas históricas. E o CAC 40, de Paris, caiu 0,40%, encerrando em 7.492,00 pontos, pressionado por LVMH.

A gigante do segmento de luxo recuou 3,68% após registrar queda de 3% na receita no terceiro trimestre deste ano, para 19,08 bilhões de euros (US$ 20,82 bilhões). As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta quarta-feira, 16, após um alerta negativo da holandesa ASML pesar em ações de semicondutores.

Liderando as perdas na Ásia, o índice japonês Nikkei caiu 1,83% em Tóquio, a 39.180,30 pontos, em meio a um tombo de 9,19% da empresa de chips Tokyo Electron.

Na terça-feira, a ASML – fabricante holandesa de equipamentos para produção de semicondutores – divulgou balanço trimestral desanimador e seu CEO disse que embora a demanda por inteligência artificial (IA) permaneça forte, outros segmentos do mercado de semicondutores estão demorando mais para se recuperar.

Também sob o “efeito ASML”, o Taiex registrou queda de 1,21% em Taiwan, a 23.010,98 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,88% em Seul, a 2.610,36 pontos, e o Hang Seng teve modesta perda de 0,16% em Hong Kong, a 20.286,85 pontos. Entre ações individuais de chips, a taiwanesa TSMC (-2,34%) e a sul-coreana SK Hynix (-2,18%) se destacaram negativamente.

Na China continental, os mercados ficaram sem direção única, à espera de mais uma coletiva sobre medidas de estímulo, desta vez voltada para o combalido setor imobiliário do país. O Xangai Composto ficou praticamente estável hoje, com alta marginal de 0,05%, a 3.202,95 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,45%, a 1.842,16 pontos.

A predominância do mau humor na Ásia também veio após as bolsas de Nova York sofrerem perdas ontem, em parte por causa do alerta da ASML.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou igualmente no vermelho, após renovar máxima histórica no pregão anterior. O S&P/ASX 200 recuou 0,41% em Sydney, a 8.284,70 pontos.