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Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas por China e petróleo

As bolsas da Europa fecharam em queda na terça-feira, 8, penalizadas pela falta de anúncios de novos estímulos pelo governo da China

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09 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham em queda pressionadas por China e petróleo
O FTSE 100, de Londres, recuou 1,36%, aos 8.190,61 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 0,72%, encerrando em 7.521,32 pontos.

As bolsas da Europa fecharam em queda na terça-feira, 8, penalizadas pela falta de anúncios de novos estímulos pelo governo da China e pelo recuo do petróleo, que afetou ações de companhias petrolíferas.
O FTSE 100, de Londres, recuou 1,36%, aos 8.190,61 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 0,72%, encerrando em 7.521,32 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve queda de 0,17%, a 19.070,78 pontos. As cotações são preliminares.

A sessão foi de correção para as principais bolsas europeias, após o chefe da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC) da China, Zheng Shanjie, não anunciar mais estímulos econômicos durante coletiva na terça. Mineradoras e o setor de luxo, mais expostas ao país, recuaram, com LVMH caindo 3,57%, Mercedes cedendo 2,07% e Anglo American recuando 6,69%. O HSBC acredita que o pacote de estímulos fiscais ainda está “a caminho”.

Em Londres, as ações da Vistry derreteram 24% após a construtora reduzir projeções, alertando que custos maiores do que o esperado em alguns de seus empreendimentos imobiliários pesariam em seu lucro.

Fabricantes de bebidas alcoólicas também foram punidas por notícias vindas da China, após a imposição de tarifas antidumping provisórias ao conhaque produzido na União Europeia, dias após o bloco europeu seguir adiante com planos de tarifar carros elétricos chineses. A Pernod Ricard recuou 4,18%.

Outro ponto de pressão veio das petrolíferas, diante do recuo do petróleo, que corrigia ganhos diante do possível aumento da oferta global da commodity e notícias de que o Hezbollah estaria apoiando uma negociação de cessar-fogo com Israel para cessar conflitos no Líbano. A BP cedeu 3,45% e Total recuou 1,95%.

A expansão da produção industrial da Alemanha de 2,9% em agosto ante julho, superando de longe a previsão de analistas, ficou em segundo plano.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,15%, para os 11 734,70 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,24%, a 33.733,90 pontos. O PSI 20, de Lisboa, recuou 0,37%, aos 6 668,61 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única na terça-feira, 8, com a de Xangai devolvendo a maior parte dos ganhos da abertura em meio à decepção com uma coletiva de imprensa com autoridades chinesas.

Na volta de um feriado de uma semana na China continental, o Xangai Composto subiu 4,59%, a 3.489,78 pontos. Ao abrir, porém, o principal índice acionário chinês havia saltado 10%, na expectativa de que Pequim revelaria grandes medidas de estímulo adicionais, o que não se confirmou. Durante coletiva, autoridades do principal órgão de planejamento do país basicamente comentaram detalhes do plano de resgate que havia sido anunciado antes do feriado. Menos abrangente, o Shenzhen Composto avançou 8,89%, a 2.098,77 pontos.

Em outras partes da Ásia, o Hang Seng tombou 9,41% em Hong Kong, a 20.926,79 pontos, à medida que investidores decepcionados com a falta de novas medidas concretas na China aproveitaram a oportunidade para embolsar lucros de ganhos recentes, enquanto o japonês Nikkei caiu 1% em Tóquio, a 38.937,54 pontos, o sul-coreano Kospi recuou 0,61% em Seul, a 2.594,36 pontos, e o Taiex cedeu 0,40% em Taiwan, a 22.611,39 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho, também pressionada pela ausência de novidades na China. O S&P/ASX 200 caiu 0,35% em Sydney, a 8.176,90 pontos.