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ApexBrasil qualificará 1.825 empresas na capital e interior de SP

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou a importância de São Paulo para as exportações brasileiras e criticou o governo anterior.

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04 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
ApexBrasil qualificará 1.825 empresas na capital e interior de SP
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, disse na sexta-feira, 4, ao inaugurar o escritório da agência capital paulista, que a entidade vai qualificar 1.825 empresas para exportação na capital e no interior paulista a partir da nova sede.

Viana ressaltou a importância de São Paulo para as exportações brasileiras e criticou o governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro, por ter virado as costas para São Paulo e reduzido a presença da ApexBrasil no Estado.

“Não quero aqui ficar olhando para trás e virar uma estátua de sal, mas São Paulo é a locomotiva do Brasil e o governo anterior virou as costas para São Paulo e reduziu a presença da Apex em São Paulo”, disse Viana, acrescentando que foi prefeito e governador e sempre contou com a parceria do Estado de São Paulo.

Viana também exaltou o fato de a Moody’s ter elevado o rating do Brasil para o nível Ba1, um degrau apenas abaixo do grau de investimento, alegando ser o reconhecimento da agência internacional de classificação de risco à melhora da economia brasileira.

De acordo com ele, muita gente não entende a importância de um país conseguir o selo de bom pagador das agências de classificação de risco internacionais, mas é preciso explicar que o investment grade é importante porque grandes fundos internacionais, por questões de compliance, não podem investir em países sem o selo.

O presidente da ApexBrasil, ao comemorar a elevação do rating do Brasil pela Moody’s para um patamar abaixo do grau de investimento, disse que o Brasil “vai bem” e que ninguém sente falta do “Posto Ipiranga”, que “dizia resolver tudo”. Sua fala faz referência ao apelido que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu ao seu ministro da Economia, Paulo Guedes.

“No governo anterior tinha um ‘Posto Ipiranga’ que dizia resolver tudo. Mas ninguém sente falta do ‘Posto Ipiranga'”, afirmou Viana. Ele exaltou a decisão da Moody’s, alegando ser o reconhecimento da agência de classificação de risco à melhora da economia brasileira.

Viana lançou nesta sexta-feira, 4, o “Painel de Oportunidades de Exportação para Governos Estrangeiros”. A cerimônia contou com as presenças do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França.

Segundo a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima-se que as compras governamentais representam, em média, 15% do PIB dos países. São oportunidades que, segundo a ApexBrasil, empresários brasileiros ainda não têm aproveitado em toda a sua extensão.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços destacou na sexta-feira, 4, o programa da ApexBrasil para a qualificação de 1.825 empresas para exportar, principalmente pelo fato de grande parte das empresas serem de pequeno porte. De acordo com Alckmin, é importante qualificar as pequenas empresas para atuarem no mercado exportador, porque é difícil saber tudo deste mercado.

“Então você vai ter uma ferramenta, um portal onde você vai saber as compras governamentais, começando aqui pela nossa região. O mundo é globalizado, mas o comércio é intrarregional”, disse o vice-presidente da República e responsável pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). “Se pegarmos os Estados Unidos, Canadá e México, 40% do comércio, quase 50% é só entre eles. Se pegar a União Europeia, 60% do comércio é só entre eles. Se pegar a Ásia, quase 70% é só entre eles. A América Latina é 26″%, pontuou Alckmin.

“Precisamos reconquistar nossos vizinhos, que é para onde a gente vende valor agregado, valor mais expressivo e gera mais emprego e renda”, disse o vice-presidente, emendando que se faz necessário dar incentivos às pequenas empresas como fazem França e China para ajudar nas suas exportações. A Itália é outro exemplo, de acordo com Alckmin, de país que tem muitas empresas de pequeno porte atuando nas exportações.