Mundo
Apoio

Macron diz que França está comprometida com a proteção de Israel

O coronel Guillaume Vernet, porta-voz militar francês, não quis, no entanto, comentar sobre os recursos militares mobilizados

Compartilhe:
03 de outubro de 2024
Vinicius Palermo
Macron diz que França está comprometida com a proteção de Israel
Macron também condenou o ataque do Irã a Israel "nos termos mais fortes" e apelou a todos os países envolvidos na "perigosa escalada de tensões"

O presidente francês Emmanuel Macron disse que a França está comprometida com a proteção de Israel e “mobilizou seus recursos militares no Oriente Médio para combater a ameaça iraniana”. A declaração foi divulgada pela presidência francesa na quarta-feira, 2.

O coronel Guillaume Vernet, porta-voz militar francês, não quis, no entanto, comentar sobre os recursos militares mobilizados depois que o Irã disparou uma série de mísseis contra Israel na terça-feira, dia 1º.

Macron também condenou o ataque do Irã a Israel “nos termos mais fortes” e apelou a todos os países envolvidos na “perigosa escalada de tensões” no Oriente Médio “para mostrarem a maior contenção”.

Após os ataques balísticos o ministro das Relações Exteriores do Irã, que classificou o ato como “legítima defesa” sugeriu que os Estados Unidos e demais países não se envolvessem no conflito já que “confrontaremos e responderemos a qualquer terceiro que entre em qualquer operação contra nós em apoio ao regime sionista e teremos uma resposta esmagadora”, disse o ministro.

Segundo os militares israelenses, o Irã disparou cerca de 180 mísseis, mas a maioria foi interceptada pela defesa aérea. Outros caíram no centro e no sul do país.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmaram que Israel tem o direito de “autodefesa, diante de uma agressão inaceitável”, em referência ao ataque iraniano na terça-feira, 1º de outubro. “Um cessar-fogo imediato no Líbano e em Gaza é necessário para criar o espaço para permitir soluções política”, afirmaram, ao pedir que os envolvidos sejam “comedidos” em seus ataques, para evitar o derramamento de sangue.

Em comunicado conjunto divulgado na quarta-feira, 2, os líderes concordaram em fortalecer o relacionamento e a cooperação econômica entre a União Europeia e o Reino Unido, e em seguir fornecendo suporte à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.

Eles reiteraram que continuariam estreitando as relações para impulsionar ambas as economias, a fim de contornar “mudanças climáticas, preços de energia elevados, migração irregular e competições geopolíticas”.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, declarou na quarta-feira, 2, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, como persona non grata – ou seja, proibido de entrar no país. Katz o acusou de não condenar inequivocamente o ataque iraniano contra Israel na terça-feira, dia 1º.

Após o ataque do Irã, Guterres divulgou uma breve declaração em que condena “a ampliação do conflito no Oriente Médio, com escalada após escalada”. “Isso deve parar. Precisamos absolutamente de um cessar-fogo”, afirmou.

Os comentários de Katz ocorreram enquanto Israel amplia ataques aéreos no sul da Faixa de Gaza – onde um bombardeio nesta noite matou pelo menos 51 pessoas, segundo autoridades médicas palestinas – e abre frente de combate terrestre no Líbano.

O Hezbollah disse que seus combatentes entraram em confronto com tropas israelenses na cidade fronteiriça libanesa de Odaisseh, forçando as tropas a recuar. Não houve comentários imediatos dos militares israelenses ou confirmação independente da luta, que marcaria o primeiro combate terrestre desde que as tropas israelenses cruzaram a fronteira esta semana. A mídia israelense relatou unidades de infantaria e tanques operando no sul do Líbano, depois que os militares enviaram milhares de tropas e artilharia adicionais para a fronteira.