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Bolsas da Europa fecham sessão e semana em alta

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,43% nesta sexta-feira, aos 8 320,76 pontos, e 1,10% na semana. O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,64%

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28 de setembro de 2024
Vinicius Palermo
Bolsas da Europa fecham sessão e semana em alta
A semana foi de ganhos importantes para as bolsas europeias, em especial as ações dos setores de mineração e bens de luxo

As bolsas da Europa fecharam o pregão de sexta-feira, 27, e a semana em alta, após três dias seguidos de anúncios de estímulos na China animarem investidores. Os ganhos foram sustentados, ainda, por dado de inflação, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), comportado nos Estados Unidos.

O FTSE 100, de Londres, subiu 0,43% nesta sexta-feira, aos 8 320,76 pontos, e 1,10% na semana. O CAC 40, de Paris, teve alta de 0,64%, encerrando em 7.791,79 pontos, e 3,89% em cinco dias. E o DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 1,22%, aos 19 473,63 pontos, 4,03% de alta semanal. O índice alemão renovou máxima de fechamento e intradiária, 19.491,93 pontos. As cotações são preliminares.
A semana foi de ganhos importantes para as bolsas europeias, em especial as ações dos setores de mineração e bens de luxo, após a China anunciar estímulos à sua economia.

Entre as mineradoras, Rio Tinto avançou 0,99%. No segmento de luxo, a Mercedes e BMW subiram 3,08% e 3,31%, respectivamente. A LVMH teve ganhos de 3,67%, ainda sob o impulso do anúncio de investimentos na italiana Moncler (+10,91%).

Sob o acordo, a LVMH está comprando uma participação de 10% na Double R – um veículo de investimento controlado pela holding de Remo Ruffini, que também é CEO da Moncler.

O analista da Bernstein, Luca Solca, disse que a LVMH ganha posição de destaque em uma das marcas mais vibrantes do segmento, em um momento em que o setor luta com a demanda decrescente, particularmente na China, e a Moncler mostrou resiliência por lá. E se um dia Ruffini desejar vender, a “LVMH será a primeira da fila”.

Em outras bolsas, o Ibex 35, de Madri, subiu 0,12% (+1,83% na semana), para os 11.967,90 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,92%, aos 34.727,40 pontos, acumulando ganhos semanais de 2,86%. Já o PSI 20, de Lisboa, subiu 0,54% (+1,37% na semana), aos 6.808,25 pontos. As cotações são preliminares.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única na sexta-feira, 27, com a de Xangai encerrando sua melhor semana em uma década e meia após uma série de medidas de estímulo na China e outras realizando lucros após ganhos recentes.

Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 2,88%, a 3.087,53 pontos, garantindo avanço acumulado de 12,8% na semana, o maior em 15 anos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 6,05%, a 1.737,56 pontos.

O banco central chinês (PBoC) formalizou cortes de juros e compulsório bancário anunciados nesta semana. Autoridades chinesas também prometeram incentivos para o enfraquecido setor imobiliário. Diante do entusiasmo com as medidas, dados fracos do lucro industrial chinês ficaram em segundo plano.

Também na esteira dos estímulos de Pequim, o Hang Seng teve robusta alta de 3,55% em Hong Kong, a 20.632,30 pontos.

Já em Tóquio, o Nikkei subiu 2,32%, a 39.829,56 pontos, atingindo o maior nível desde o fim de julho. Após o encerramento dos negócios, o Partido Liberal Democrata do Japão escolheu o ex-ministro da Defesa Shigeru Ishiba como líder, o que significa que ele deverá assumir como primeiro-ministro do país na próxima semana. O iene reagiu em forte alta à vitória de Ishiba, que tende a ser “hawkish” (favorável à retirada de estímulos econômicos), segundo analistas. Durante o pregão em Tóquio, havia expectativas de que a candidata pró-estímulos Sanae Takaichi pudesse ganhar a disputa. Mas Takaichi perdeu para Ishiba no segundo turno da votação.

Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,82% em Seul, a 2.649,78 pontos, à medida que investidores embolsaram ganhos do recente avanço no índice, e o Taiex recuou 0,16% em Taiwan, a 22.822,79 pontos, também em uma pausa para realização de lucros.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou levemente no azul, mas renovou máxima histórica. O S&P/ASX 200 subiu 0,10% em Sydney, ao patamar inédito de 8.212,20 pontos.