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Bolsas da Europa fecham em alta à espera de corte agressivo pelo Fed

A expectativa de que o Fed comece seu ciclo de afrouxamento monetário com corte de 0,5 ponto porcentual voltou a embalar ativos de risco e impulsionou os mercados acionários europeus.

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17 de setembro de 2024
Bolsas da Europa fecham em alta à espera de corte agressivo pelo Fed
Foto: -Reuters

As bolsas da Europa encerraram a sessão de terça-feira, 17, com ganhos, com o aumento do apetite por risco diante da expectativa por corte de juro de 0,5 ponto porcentual pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira. Investidores deixaram de lado, inclusive, preocupações com a economia da Alemanha, após dado do instituto ZEW.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,38%, aos 8.309,86 pontos. O CAC 40, de Paris, subiu 0,51%, encerrando em 7.487,42 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve ganhos de 0,52%, a 18.730,69 pontos. As cotações são preliminares.

A expectativa de que o Fed comece seu ciclo de afrouxamento monetário com corte de 0,5 ponto porcentual volta a embalar ativos de risco e impulsionou os mercados acionários europeus, mesmo diante de dúvidas em relação à economia regional. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas caiu a 3,6 em setembro, bem abaixo das projeções de analistas consultados pela FactSet. No entanto, o impacto nos ativos foi limitado.

Nessa linha, segundo pesquisa do Bank of America, investidores estão mais cautelosos em relação às perspectivas de curto prazo para as ações europeias. Cerca de 20% dos investidores consultados esperam que os ativos recuem nos próximos meses, com 35% citando o enfraquecimento da economia como o catalisador mais provável para uma correção. Cerca de 43% ainda projetam que o mercado europeu ganhará nos próximos 12 meses, contra 62% do mês passado, diz o BofA.

Entre as ações, destaque positivo para a Kingfisher (+11,23%), após a varejista focada em produtos de reforma e decoração informar lucro ajustado antes de impostos que superou expectativas. E para a BP, que avançou 1,11%, prolongando os ganhos da véspera após anunciar que colocou à venda seus negócios de energia eólica onshore nos EUA.

Já o Ibex 35, de Madri, subiu 1,06%, para os 11.703,40 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em alta de 0,63%, a 33.780,28 pontos. O PSI 20, de Lisboa, subiu 0,41%, aos 6.818,27 pontos. As cotações são preliminares.

A Bolsa de Hong Kong fechou em alta na terça-feira, 17, mas a de Tóquio voltou de feriado em baixa de 1%, enquanto investidores se preparam para as decisões monetárias de Federal Reserve (Fed) e Banco do Japão (BoJ) nesta semana. A sessão foi marcada por liquidez reduzida, com os negócios fechados em Seul, Taiwan e China continental.

Na segunda, o iene caiu ao menor nível desde julho de 2023 ante o dólar, em meio à expectativa pelo estreitamento do diferencial de juros. O mercado amplia a aposta de que o Fed abrirá o ciclo de relaxamento com um corte de 50 pontos-base na taxa básica amanhã. O BoJ, por sua vez, deve manter a política inalterada na sexta-feira, mas pode voltar a apertá-la antes do final do ano.

Neste cenário, o índice Nikkei encerrou o pregão com perda de 1,03% em Tóquio, a 36.203,22 pontos. Os papéis do setor de tecnologia enfrentaram particular pressão, entre eles Advantest (-5,63%) e Tokyo Electron (-5,24%).

Em Hong Kong, por outro lado, o Hang Seng avançou 1,37%, a 17 660,02 pontos. A ação da Kaisa Group disparou 17,44%, após a incorporadora imobiliária informar que a maioria dos seus credores declararam apoio ao plano de reestruturação financeira da empresa. A fabricante de eletrodomésticos Midea Group chegou a saltar cerca de 9%, no maior IPO do ano na ilha semiautônoma chinesa. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 subiu 0,24% em Sydney, a 8 140,90 pontos, em novo recorde histórico.