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Bolsas da Europa sofrem pressão de NY e fecham em queda

Na Alemanha, as ações do Deutsche Bank recuavam 5,32% e as da BMW registraram despencaram mais de 11% após a companhia reduzir guidances de vendas e lucros.

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10 de setembro de 2024
Bolsas da Europa sofrem pressão de NY e fecham em queda
Foto: Reuters

Os principais índices acionários da Europa fecharam a sessão de terça-feira, 10, em queda, conforme incertezas em relação aos rumos da economia global mantêm investidores com baixo apetite por risco. Falas sobre regulação do setor bancário dos EUA do vice-presidente de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michael Barr, derrubarem as ações de grandes bancos em Nova York e repercutiram no mercado europeu.

Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,78%, aos 8.205,98 pontos. O CAC 40, de Paris, cedeu 0,24%, encerrando em 7.407,55 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve queda de 0,89%, a 18.278,78 pontos. Já o Ibex 35, de Madri, caiu 0,61%, para os 11.203,50 pontos. O FTSE MIB, de Milão, fechou em baixa de 1,12%, a 33.5213,29 pontos. O PSI 20, de Lisboa, caiu 1,01%, aos 6.706,48 pontos. As cotações são preliminares.

Na Alemanha, as ações do Deutsche Bank recuavam 5,32% e as da BMW registraram despencaram mais de 11% após a companhia reduzir guidances de vendas e lucros. Em Londres, os negócios também foram impactados por indicadores de emprego, que na avaliação da Capital Economics, são insuficientes para justificar um segundo corte consecutivo de 25 pontos-base nos juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) neste mês.

As ações da AstraZeneca caíram 2,41% depois que a farmacêutica informou que seu principal teste contra câncer de pulmão não atingiu as metas necessárias. As bolsas da Ásia fecharam sem direção única na terça-feira, 10, com ganhos nos mercados chineses após a divulgação de dados divergentes da balança comercial do país. As demais praças computaram perdas no pregão, enquanto investidores seguem no aguardado de dados de inflação nos EUA que podem fornecer mais clareza sobre os planos do Federal Reserve (Fed).

As importações na China subiram 0,5% na comparação anual de agosto, em ritmo mais lento do que esperavam analistas consultados pela FactSet. Por outro lado, as exportações ganharam força e saltaram 8,7% no mês passado.

Neste ambiente, o índice Xangai Composto terminou a sessão em alta de 0,28%, a 2.744,19 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen ganhou 0,27%, a 1.500,24 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,22%, a 17.234,09 pontos. Em destaque, Alibaba saltou 4,21%, após a inclusão da ação na plataforma “Stock Connect”, que facilita o acesso de investidores da China continental a determinados papéis negociados na ilha semiautônoma.

Na contramão, as incorporadoras Shimao Group e CIFI Holdings desabaram 22,50% e 14,64%, respectivamente, depois de terem sido desligadas do sistema. Em outros cidades da região, o índice Kospi, de Seul, recuou 0,49%, a 2.523,43 pontos, no sexto dia consecutivo de perdas. Fornecedores da Apple tiveram considerável desvalorização, diante do temor de que a precificação do novo iPhone 16 leve a uma compressão das margens. A fabricante de peças de celulares LG Innotek cedeu 5,89% e a produtora de baterias LG Energy Solutions baixou 5,01%.

Operadores aguardam a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA amanhã para firmar um direcionamento mais consistente. O indicador deve fornecer subsídios para as apostas quanto à reunião do Fed na semana que vem, que atualmente pendem para um corte inicial de 25 pontos-base nos juros.

No Japão, o índice Nikkei caiu 0,16% em Tóquio, a 36.159,16 pontos, também no sexto pregão seguido no vermelho. Já o Taiex, de Taiwan, perdeu 0,38%, a 21.064,08 pontos. Na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, teve elevação de 0,30%, a 8.011,90 pontos.